
Na Igreja Ortodoxa,
a Festa de Theotokos, é uma das doze grandes festas do ano litúrgico. Para
aquelas igrejas que seguem o calendário juliano, acontece em 8 de Setembro; para
as do calendário gregoriano, em 21 de setembro. Esta festa tem sua origem em
Jerusalém. Começou a ser celebrada no século V como festa da Basílica Sanctae
Mariae ubi nata est, atualmente cohecida como Basílica de Santa Ana. No século
VII, já era celebrada pelas igrejas bizantinas e em Roma, como festa do
nascimento da Bem-Aventurada Virgem Maria. A festa foi incluída no calendário
tridentino em 8 de Setembro e permanece, até hoje, nesta data. De acordo com a
tradição, Maria nasceu de pais já velhos e estéreis, chamados Joaquim e Ana,
como resposta às suas preces. A paciência e a resignação com que sofriam a
esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a
Mãe de Jesus. Eram residentes em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesda, onde
hoje se ergue a Basílica de Santa Ana; e aí, num sábado, 8 de setembro do ano
20 a.C., nasceu-lhes uma filha que recebeu o nome de Miriam, que em hebraico
significa "Senhora da Luz", passado para o latim como Maria. Maria
foi oferecida ao Templo de Jerusalém aos três anos, tendo lá permanecido até os
doze anos. Visivelmente, nenhum acontecimento extraordinário acompanhou o
nascimento de Maria e os Evangelhos nada dizem sobre sua natividade. Nenhum
relato de profecia, nem aparições de anjos, nem sinais extraordinários são
narrados pelos evangelistas. No entanto, São João Damasceno afirma que o
nascimento a partir de uma mãe estéril já um sinal das bençãos especiais que
recaem sobre Maria. Ainda, em sua Homilia sobre a Natividade de Maria diz: "Hoje
é o começo da salvação do mundo, porque na Santa Probática foi-nos gerada a Mãe
de Deus através de quem o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, nos foi
gerado." No século IV, e posteriormente, no século XV, surgiu a crença que
Maria também teria sido concebida por uma virgem, pelo poder do Espírito Santo.
Esta crença foi condenada como um erro pela Igreja Católica em 1677. A Igreja
ensina que Maria foi concebida de maneira natural, mas foi miraculosamente
preservada do pecado original para ser a mãe de Cristo. Esta concepção livre do
pecado original é chamada de Imaculada Conceição.
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