“Esta união da Mãe com o Filho na obra da Redenção
alcança o ponto culminante no Calvário, onde Cristo ‘se ofereceu a si mesmo,
vítima sem mácula, a Deus’ (Hb 9, 14), e onde Maria esteve de pé, junto à Cruz
(Cf. Jo 19, 15), ‘sofrendo profundamente com o seu Unigênito e associando-se
com ânimo maternal ao seu sacrifício, consentido amorosamente na vítima que
havia gerado’, e oferecendo-a também ela, ao eterno Pai.
Para perpetuar ao longo dos séculos o Sacrifício da
Cruz, o divino Salvador instituiu o Sacrifício Eucarístico, memorial da sua
Morte e Ressurreição, e confiou-o à Igreja, sua Esposa, a qual, sobretudo aos
domingos, convoca os fiéis para celebrar a Páscoa do Senhor, até que ele volte:
o que a mesma Igreja faz em comunhão com os Santos do céu e, em primeiro lugar,
com a bem-aventurada Virgem Maria, de quem imita a caridade ardente e a fé
inabalável” (MCul 20).