quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Transubstanciação



Transubstanciação é a conjunção de duas palavras latina: trans (além) e substantia (substância), e significa a mudança da substância do pão e do vinho na substância do Corpo e sangue de Jesus Cristo no ato da consagração. Isto significa que esta doutrina defende e acredita na presença real de Cristo na Eucaristia. É uma doutrina adotada pela Igreja Católica Apostólica Romana.
O dogma da Transubstanciação baseia-se nas passagens do Novo Testamento em que Jesus diz no discurso do Pão da Vida: O Pão que eu hei de dar é a minha Carne para Salvação do mundo; O meu corpo é verdadeiramente uma comida e o meu sangue é verdadeiramente uma bebida, e no fato de que Jesus, ao tomar o pão em suas mãos na Última Ceia, deu a seus discípulos dizendo: Tomai todos e comei. Isto [o pão] é o meu Corpo, que é entregue por vós afirmada como união do fiel à Cristo, de maneira analógica à união da vida trinitária: Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, assim também o que Me come viverá por Mim. A primeira vez que Jesus anunciou este alimento, os ouvintes ficaram perplexos e desorientados, e Jesus insistiu na dimensão das suas palavras: Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós.3 A Igreja ensina que há uma transformação da substância, mas não dos acidentes, ou seja, os acidentes como odor, sabor, textura, forma, cor permanecem, mas já não são mais pão e vinho e sim corpo e sangue, por um milagre de Cristo ao proferir as palavras sagradas.
Substância significa o que faz uma coisa ser ela mesma, ou seja sua essência; por exemplo, a forma de um chapéu não é o chapéu próprio, nem é sua cor, nem é seu tamanho, nem é sua aspereza, nem qualquer outra coisa sobre o chapéu perceptível aos sentidos. O chapéu próprio (a "substância") tem a forma, a cor, o tamanho, a aspereza e as outras aparências, mas é distinto dessas. As aparências, que são referenciadas pelo termo filosófico acidentes, são perceptíveis aos sentidos, mas a substância não é. Quando em sua última ceia Jesus disse: isto é meu corpo, o que ele tinha em suas mãos tinha todas as aparências do pão. Entretanto, a Igreja acredita que a realidade subjacente foi mudada de acordo com o que Jesus disse, e que a substância do pão foi convertida à substância de seu corpo. Ou seja, era realmente seu corpo, mesmo que todas as aparências que são abertas aos sentidos ou à investigação científica sejam ainda aquelas do pão, exatamente como antes. A Igreja acredita que a mesma mudança da substância do pão e do vinho ocorre em cada celebração da Eucaristia.
O pão é mudado no Corpo de Jesus; mas dado que Jesus, ressuscitado dos mortos, está vivendo, não somente seu corpo está presente, mas Jesus ao todo, corpo e sangue, alma e divindade. O mesmo é verdadeiro para o seu sangue. Para a Igreja, por meio da transubstanciação Cristo está realmente, verdadeiramente e substancialmente presente sob as aparências remanescentes do pão e do vinho. A transformação permanece pelo tempo em que as aparências remanescerem. Por esta razão os elementos consagrados são preservados, geralmente em um tabernáculo, para que a Sagrada Comunhão possa ser dada aos doentes ou a quem está morrendo e também, de forma secundária mas ainda muito estimada, para a finalidade de adoração.
O conceito de transubstanciação é acompanhado pela distinção inequívoca entre substância, ou realidade subjacente, e acidente, ou perceptível pela aparência. Isso salvaguarda ao que é considerado pela Igreja como dois erros mutuamente opostos: o primeiro seria considerar que a presença de Cristo na Eucaristia é meramente figurativa (pois a mudança da substância é real); o segundo seria a interpretação de que se come canibalisticamente a carne corpórea e o sangue de Cristo (pois os acidentes permanecem reais, não uma ilusão).

Como Morreram os Apóstolos


Os famosos apóstolos de Jesus Cristo eram homens comuns, chamados por Ele para ajudar a divulgar a Palavra de Deus. Eram pastores, pescadores, coletores de impostos e outras funções bem comuns, porém, indispensáveis ao cotidiano. Apesar da honra de acompanhar os passos do Messias e continuar a espalhar o Evangelho após sua morte, ressurreição e subida aos céus, o próprio Jesus os advertia de que a vida não seria nada fácil para todos eles. Os riscos não seriam poucos.

E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós. E de todos sereis odiados por causa do meu nome. Lucas 21:16-17

Ainda assim, escolheram o caminho de Cristo, por amor a Deus – exceto Judas Iscariotes, que tinha outros interesses, embora Jesus tivesse profetizado o fato e a Palavra ateste que havia a influência de Satanás. Todos sabiam que, como o Messias, eles também seriam perseguidos.

Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim.
Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.
Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.
Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.”
João 15:18-21

A morte os espreitava de perto. A maioria foi literalmente executada por seus inimigos, inclusive grandes lideranças da época.
Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.
Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas;”
Mateus 10:16-17

Um dos apóstolos cuja morte está registrada nas Escrituras é Tiago (o irmão de João):

E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar;
E matou à espada Tiago, irmão de João.”
Atos 12:1-2

O outro seguidor de Cristo cujo fim consta na Bíblia é Judas Iscariotes, que traiu Cristo, influenciado pelo diabo. Enforcou-se, corroído pelo remorso:
Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos,
Dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo.
E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar.”
Mateus 27:3-5

Quanto aos outros discípulos diretos de Jesus, e aos que não o conheceram pessoalmente, mas o seguiram fielmente, como Paulo, suas mortes são conhecidas mais devido à tradição que a registros históricos. Os dados são imprecisos, mas é o que de mais próximo encontramos hoje.
Pedro teria sido crucificado em Roma quando da perseguição do imperador Nero aos cristãos. Há a crença de que tenha sido crucificado de cabeça para baixo (ilustração ao lado), e duas versões para o motivo. Conforme a primeira, foi a seu próprio pedido, por não se achar digno de morrer da mesma forma que seu Salvador. A segunda hipótese era a de que isso foi feito para humilhá-lo ainda mais. Teria morrido sufocado pelo próprio sangue.
André, segundo creem, foi amarrado a uma cruz em forma de “X” na Grécia, onde foi para pregar o Evangelho.
Tomé, o que só acreditou na ressurreição de Jesus após ver e tocar seus estigmas, tornou-se um dos mais ativos pregadores no leste da Síria. Teria sido morto na Índia por lanças de soldados locais.
Filipe teria sido executado por ordem de um nobre de Cartago (norte da África, então Ásia Menor), irado por sua esposa ter se convertido ao cristianismo por causa do apóstolo. Uns afirmam que foi preso e torturado até morrer, enquanto outros defendem que foi crucificado. Há ainda quem diga que foi crucificado e apedrejado na Frígia, na atual Turquia.
Mateus, o ex-publicano (coletor de impostos), teria sido apunhalado na Etiópia, segundo a tradição.
Dizem que Bartolomeu foi esfolado vivo e decapitado a mando do dirigente de Albanópolis, atual Derbent, na Rússia, onde ele teria chegado em trabalho de evangelização.
Tiago, filho de Alfeu, parente de Jesus e influente líder do cristianismo em Jerusalém, pode ter sido apedrejado na cidade logo após a morte do governador romano Pórcio Festo, no ano 62, segundo o historiador Flávio Josefo em sua famosa obra “Antiguidade Judaica”. A acusação para tal sentença seria a “violação da lei” dos judeus, alegada pelo sumo-sacerdote Ananus.
Simão, conforme dizem, foi morto a machadadas pela multidão instigada por sacerdotes pagãos e autoridades após negar sacrifício ao deus sol na Pérsia. Este também teria sido o destino de Judas Tadeu, na mesma ocasião.
Matias, que substituiu Judas Iscariotes (Atos 1:15-26), segundo a tradição, seguiu a pregar pela Síria com André. Teria sido executado numa fogueira.
Lucas, o médico, não conheceu Jesus pessoalmente, mas recolheu relatos dos apóstolos e escreveu o evangelho que leva seu nome em linguagem mais detalhada. A ele também é atribuída a autoria do livro de Atos. Teria sido enforcado em uma árvore na Grécia.
Paulo, ex-Saulo de Tarso, perseguidor de cristãos convertido em um dos maiores evangelistas da história, não conviveu com Cristo quando Ele habitou a Terra em carne, mas é até hoje considerado um grande apóstolo. Teria sido decapitado em Roma.
João, o apóstolo do Apocalipse, pode ter sido o único discípulo direto de Jesus que teve morte natural, atingindo idade bem avançada (por volta de 100 anos). Fugindo à perseguição do imperador romano Domiciano, refugiou-se na ilha de Patmos, na Grécia, onde teria tido as visões que resultaram no texto do último livro bíblico, o Apocalipse. Segundo o historiador Eusébio de Cesareia, teria morrido em Éfeso.
Embora descobrir como os apóstolos morreram seja de interesse geral e isso não possa ser comprovado (excetuando-se Judas Iscariotes e Tiago), é bem mais importante saber que todos estavam dispostos a dar suas vidas pela fé em Jesus Cristo, ainda que fossem forçados a negá-la. Mesmo Pedro, que negou a Jesus antes de sua crucificação, tornou-se um de seus maiores pregadores e nunca mais O negou, morrendo como legítimo cristão.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Visita ao Praesidium Rainha das Virgens

Visita realizada no dia 29/10 ao Praesidium Rainha das Virgens do Município de Içara, feita pela irmã Paula e irmã Maria do Carmo. Lá encontramos legionários determinados e espiritualizados.




Reunião da Curia Juvenil Nossa Senhora da Salete



Acreditamos na força desta juventude, para continuar a Legião de Maria pelo mundo...









terça-feira, 29 de outubro de 2013

Entrevista com Padre Alexandre Awi de Mello no Bem-Vindo Romeiro _ Sobre Maria...

Parte 01

Parte 02

O Martírio de Maria _ Pe. Irineu


Quem poderia ouvir sem comoção a história mais triste do mundo?


dores

Uma nobre e santa senhora tinha um único filho, o mais amável que se possa imaginar. Era inocente, virtuoso e belo. Nele, por isso, a mãe tinha posto todo o seu amor. Ora, que aconteceu? Pela inveja de seus inimigos, foi esse filho acusado injustamente. O juiz reconheceu, é verdade, a inocência do acusado e proclamou-a publicamente. Mas, para não desgostar os acusadores, condenou-o a uma morte infame, como lhe haviam pedido. E a pobre mãe, para seu maior sofrimento, teve de ver como aquele tão amante e amado filho lhe era barbaramente arrancado, na flor dos anos. Fizeram-no morrer diante de seus olhos maternos, à força de torturas e esvaído em sangue num patíbulo infamante.
Já sabeis de quem estou falando? Esse Filho, tão cruelmente supliciado, foi Jesus, nosso amoroso Redentor. E essa Mãe foi a Bem Aventurada Virgem Maria, que por nosso amor se resignou a vê-lo sacrificado à justiça divina pela crueldade dos homens.
Jesus é chamado Rei das dores e Rei dos Mártires, porque em sua vida mortal padeceu mais que todos os outros mártires. Assim também é Maria chamada com razão Rainha dos Mártires, visto ter suportado o maior martírio que se possa padecer depois das dores de seu Filho. Bem se lhe pode aplicar o texto do profeta Isaías: “Ele te há de coroar com uma coroa de amargura” (Is 22,18). A coroa, com a qual foi constituída Rainha dos Mártires, foi justamente sua dor tão acerba, que excedeu a de todos os mártires reunidos.
O maior martírio

Conforme uma sentença incontestada, para ser mártir é suficiente sofrer uma dor capaz de levar à morte, ainda que em realidade não se venha a morrer. São João Evangelista é reverenciado como mártir, não tenha embora morrido na caldeira de azeite fervendo, senão haja saído 2 dela mais robustecido. Para a glória do martírio, segundo Tomás, basta que uma pessoa leve a obediência a ponto de oferecer-se à morte. Maria, no sentir do Abade Oger, foi mártir não pelas mãos dos algozes, mas sim pela acerba dor de sua alma. Se não lhe foi o corpo dilacerado pelos golpes do algoz, foi seu imaculado coração trespassado pela paixão de seu Filho (cf. Lc 2, 35). E essa dor foi suficiente para dar-lhe não uma, porém mil mortes. Vemos por aí que Maria não só foi verdadeiramente mártir, mas que seu martírio excedeu a todos os outros por sua duração. Pois que foi sua vida, senão um longo e lento martírio?
O mais doloroso

Vejamos, contudo, as razões por que o martírio de Maria foi o mais doloroso que o de todos os mártires. Devemos refletir, em primeiro lugar, que estes sofreram em seus corpos por meio do fogo e do ferro, enquanto a Virgem padeceu o martírio na alma. Nesse sentido lhe dissera Simeão: “E uma espada trespassará a tua alma” (Lc 2, 35). O santo ancião queria dizer: “Ó Virgem sacrossanta, os outros mártires hão de ter o corpo ferido pela espada, porém vós tereis a alma trespassada e dilacerada pela paixão de vosso Filho”. Ora, quanto a alma é mais nobre que o corpo, tanto a dor de Maria foi superior à de todos os mártires.
A segunda razão é porque os mártires sofreram imolando a própria vida, enquanto Maria sofreu oferecendo a vida de seu Filho. Como ensina Santo Antonino, Maria amava a vida do Filho muito mais que a própria vida. Seu coração afligiu-se mais presenciando os tormentos do Filho, do que se ela própria os tivesse sofrido em si. Sem dúvida alguma, a Virgem padeceu em seu coração todos os suplícios com que viu atormentado o seu amado Jesus. Sabem todos que as dores dos filhos são também dores das mães que os vêem sofrer. Pois não está a alma humana mais com aquilo que ama, do que com aquilo que anima? E não afirmou o próprio Salvador: “Onde está o vosso tesouro, aí estará o vosso coração” (Lc 12, 34)? Assim, pois, 3 Maria, se pelo amor vivia mais no Filho do que em si mesma, ao vê-lo morrer tinha de suportar dores incomparavelmente mais acerbas, do que se a fizessem sofrer a morte mais cruel do mundo.
A medida do amor define o tamanho da dor

Há ainda uma circunstância a mostrar-nos como o martírio de Maria excedeu incomparavelmente ao dos mártires todos. Não só ela sofreu dores indizíveis, como também as sofreu sem alívio algum, na paixão de seu Filho. Padeciam os mártires os tormentos a que os condenavam maus tiranos, porém o amor de Jesus lhes tornava as dores amáveis e suaves. Quanto mais os santos mártires amavam a Jesus, menos sentiam os tormentos e a morte. Bastava-lhes a lembrança dos sofrimentos de um Deus crucificado para consolá-los. Podia, porém, nossa Mãe dolorosa achar consolo no amor a seu Filho e na lembrança de seus sofrimentos? Não, pois justamente esse padecimento era todo o motivo de sua maior dor. Todo o martírio de Maria consistiu em vê- lo, amado e inocente, sofrer tanto, e em compadecer-se de suas dores. Tanto mais acerba e sem alívio lhe era a dor, quanto mais o amava. “Grande como o mar é a tua dor e quem te curará?” (Lam 2, 13). Cada um com o instrumento de seu martírio, representam-se os mártires: São Paulo, com a espada; Santo André, com a cruz; São Lourenço, com a grelha. No entanto, Maria é representada com o Filho morto, nos braços. Só Jesus foi o instrumento de seu martírio, por causa do amor que lhe consagrava. O Filho que lhe podia dar consolo era a causa única de seu penar, e o amor que lhe tinha constituía todo o seu martírio. Ricardo de São Vítor reduz tudo isso à concisa sentença: Nos mártires o amor era um consolo nos sofrimentos, em Maria, pelo contrário, cresciam as penas e o martírio na proporção de seu amor.
Vede se há dor semelhante a minha

É certo que, quanto mais se ama uma pessoa, tanto mais se sente a pena de perdê-la. A morte de um irmão, de um filho, aflige mais, certamente, que a de um amigo. Cornélio a Lápide diz, por isso: Para medir a dor de Maria pela morte do Filho, é preciso ponderar a grandeza do amor que lhe devotava. Mas quem poderá medi-lo? Era 4 duplo o amor de Jesus no coração de Maria, observa o beato Amadeu: um sobrenatural, com que o amava como a seu Deus, e natural o outro, com que o estremecia como Filho. Esse duplo amor reuniu-se num só, imenso e incalculável amor, a ponto de Guilherme de Paris ousar dizer: Tanto era o amor da Santíssima Virgem a Jesus, que uma pura criatura não seria capaz de amá-lo mais. Imenso era o amor da Senhora a seu Filho e também incalculável devia ser a sua pena ao perdê-lo, observa Santo Alberto Magno. “Ó vós todos que passais pelo caminho, atendei e vede se há dor semelhante à minha dor” (Lam 1, 12).
(Texto condensado a partir de Glórias de Maria, de Santo Afonso de Ligório,
pp. 356-370 – edição de 1989, Editora Santuário)

OREMOS

Ó Deus, quando o vosso Filho foi exaltado,
quisestes que sua Mãe estivesse de pé junto à cruz,
sofrendo com Ele.
Dai à vossa Igreja,
unida a Maria na paixão de Cristo,
participar da ressurreição do Senhor,
que convosco vive e reina,
na unidade do Espírito Santo.
Amém.

Palestra Adorar a Eucaristia para Alimentar a Fé - Padre Paulo Ricardo

Parte 01

Parte 02

Parte 03

Parte 04

Parte 05

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A Santíssima Trindade - Explicação


As três pessoas da Santíssima Trindade é um só Deus em Três Pessoas distintas. O Pai, o Filho e o Espírito Santo, possuem a mesma natureza divina, a mesma grandeza, bondade e santidade. Apesar disso, através da história, a Igreja tem observado que certas atividades são mais apropriadas a uma pessoa que a outra. A Criação do mundo é mais apropriada ao Pai, a redenção ao Filho e a Santificação, ao Espírito Santo. Nenhuma das Três pessoas Trinitárias exerce mais ou menos poder sobre as outras. Cada uma delas tem toda a divindade, todo poder e toda a sabedoria. E justamente, nesta breve dissertação, constatamos a profundidade do mistério da Santíssima Trindade, ante a complexidade em assimilar a magnitude de Três pessoas distintas formando um só Deus. Trata-se, portanto, de um grande mistério, central da fé cristã. As Escrituras são claras a respeito da Santíssima Trindade, desde o antigo, até o novo Testamento.
A festa da Santíssima Trindade é um dos dias mais importantes do ano litúrgico. Nós, como cristãos a celebramos convictos pelos ensinamentos da Igreja, que possui a plenitude das verdades reveladas por Cristo. É dogma de fé estabelecido, a essência de um só Deus em Três Pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. É um mistério de difícil interpretação, impossível, de ser assimilado pelas limitações humanas.
Há séculos a Santa Igreja ensina o mistério de Três Pessoas em um só Deus, baseada nas claras e explícitas citações bíblicas. Mas desaconselha a investigação no sentido de decifrar tão grande mistério, dada a complexidade natural que avança e se eleva para as coisas sobrenaturais.
Santo Agostinho de Hipona, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou exaustivamente compreender este inefável mistério. Certa vez, passeava ele pela praia, completamente compenetrado, pediu a Deus luz para que pudesse desvendar o enigma. Até que deparou-se com uma criança brincando na areia. Fazia ela um trajeto curto, mas repetitivo. Corria com um copo na mão até um pequeno buraco feito na areia, e ali despejava a água do mar; sucessivamente voltava, enchia o copo e o despejava novamente. Curioso, perguntou à criança o que ela pretendia fazer. A criança lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraquinho. No que o Santo lhe explicou ser impossível realizar o intento. Aí a criança lhe disse: “É muito mais fácil o oceano todo ser transferido para este buraco, do que compreender-se o mistério da Santíssima Trindade”. E a criança, que era um anjo, desapareceu...

Santo Agostinho concluiu que a mente humana é extremante limitada para poder assimilar a dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio. Só o compreenderemos plenamente, na eternidade, quando nos encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Ao participarmos da Santa Missa observamos que, desde o início, quando nos benzemos, até o momento da bênção trinitária final, constantemente o sacerdote invoca a Santíssima Trindade, particularmente durante a pregação eucarística. As orações que o padre pronuncia após a consagração, que por certo são dignas de serem ouvidas com atenção e recolhimento, são dirigidas a Deus Pai, por mediação de Jesus Cristo, em unidade com o Espírito Santo. E é na missa onde o cristão logra vislumbrar, pela graça do Espírito Santo, o mistério da Santíssima Trindade. Devemos, neste momento, invocar a Deus, que aumente nossa fé, porque sem ela, será impossível crer neste mistério, mistério de fé no sentido estrito. Mesmo sem conseguir penetrar na sua essência o cristão deverá, simplesmente, crer nele.

O mistério da Santíssima Trindade é uma das maiores revelações feita por Nosso Senhor Jesus Cristo. Os judeus adoram a unicidade de Deus e desconhecem a pluralidade de pessoas e a sua unidade substancial. Os demais povos adoram a multiplicidade de deuses. O cristianismo é a única religião que, por revelação de Jesus, prega ser Deus uno em três pessoas distintas:

DEUS PAI – Não foi criado e nem gerado. É o “princípio e o fim, princípio sem princípio”; por si só, é Princípio de Vida, de quem tudo procede; possui absoluta comunhão com o Filho e com o Espírito Santo. Atribui-se ao Pai a Criação do mundo. 

DEUS FILHO – Procede eternamente do Pai, por quem foi gerado, não criado. Gerado pelo Pai porque assumiu no tempo Sua natureza humana, para nossa Salvação. É Ele Eterno e consubstancial ao Pai (da mesma natureza e substância). Atribui-se ao Filho a Redenção do Mundo.

DEUS ESPÍRITO SANTO – Procede do Pai e do Filho; é como uma expiração, sopro de amor consubstancial entre o Pai e o Filho; pode-se dizer que Deus em sua vida íntima é amor, que se personaliza no Espírito Santo. Manifestou-se primeiramente no Batismo e na Transfiguração de Jesus; depois no dia de Pentecostes sobre os discípulos. Habita nos corações dos fiéis com o dom da caridade. Atribui-se ao Espírito Santo a Santificação do mundo.

O Pai é pura Paternidade, o filho é pura Filiação e o Espírito Santo, puro nexo de Amor. São relações subsistentes, que em virtude de seu impulso vital, saem um ao encontro do outro em perfeita comunhão, onde a totalidade da Pessoa está aberta à outra distintamente. Este é o paradigma supremo da sinceridade e liberdade espiritual a que devem ter as relações interpessoais humanas, num perfeito modelo transcendente, só assim, compreensível ao entendimento humano. É desta forma que devemos conhecer a mensagem a Santíssima Trindade, mesmo sem alcançar os segredos do seu mistério. Desta maneira, devemos nos comprometer a adquirir certas atitudes nas nossas relações humanas. A Igreja nos convida a “glorificar a Santíssima Trindade”, como manifestação da celebração. Não há melhor forma de fazê-lo, senão revisando as relações com nossos irmãos, para melhorá-las e assim viver a unidade querida por Jesus: “Que todos sejam um”.


Extraído do site:

Catolicismo Romano

Legião de Maria 92 anos


92-anos-legiao-de-maria
Há 92 anos, um homem, cheio do Espírito Santo, fundou uma Legião… “Para ser um sinal do amor da Virgem Maria pelo mundo”, e com a finalidade da santificação de seus membros, no seio da Legião de Maria. O irlandês Frank Duff fundou a Legião de Maria em 7 de setembro de 1921, hoje celebramos os 92 anos deste exército em ordem de batalha, que respaldado na fé em Jesus Cristo, por meio da Santíssima Virgem, glorifica a Deus e O serve por meio da oração e da ação, em prol do cumprimento do Testamento do Senhor: “Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura (Mc 16:15)”.


Que Maria nos ensine e nos conduza, nos mantenha firmes na fé e 
unidos em um só corpo. Salve Maria!

Os Padroeiros da Legião


São José: Nas orações da Legião, o nome de S. José vem logo depois das invocações aos Corações de Jesus e de Maria, pois que também no Céu ocupa, junto d’Eles, o primeiro lugar. Chefe da Sagrada Família, desempenhou, junto de Jesus e de Maria, funções especiais de importância fundamental. As mesmas funções, sem tirar nem pôr, continua ele, o maior dos Santos, a desempenhá-las junto do Corpo Místico de Jesus e da Mãe deste Corpo. Auxilia a existência e a atividade da Igreja e, por conseqüência, da Legião. Os seus cuidados são constantes, vitais e caracterizados por uma intimidade familiar. Depôs de Maria, não há santo mais influente e, como tal, deve ser estimado pelos legionários. Para o seu amor se mostrar poderoso em cada um de nós, é necessário que o nosso procedimento para com ele reflita a compreensão do intenso afeto que nos consagra. Jesus e Maria, agradecidos a José pelos seus carinhos e trabalhos, traziam-no sempre no coração. Procedam do mesmo modo os legionários. A solenidade de S. José, esposo da Bem-aventurada Virgem Maria, celebra-se a 19 de março; a memória de S. José, Trabalhador, a 1º de maio.


S. João Evangelista: Citado no evangelho como o “Discípulo a quem Jesus amava”, S. João representa para nós, modelo de devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Fiel até o fim, a este Coração se conservou unido até que O viu sem vida e varado pela lança. Manifestou-se em seguida como modelo de devoção ao Imaculado Coração de Maria. Puro como um anjo, ocupou o lugar que foi de Jesus, e continuou a prestar a Maria o amor de filho, até o momento em que Deus A chamou. Mas a terceira palavra, pronunciada por Jesus Cristo no alto da cruz, continha mais que uma preocupação filial tomada para com a Sua Mãe Santíssima. Na pessoa de S. João, Nosso Senhor indicava o gênero humano, mas sobretudo aqueles que pela fé se uniriam a Ele em todos os tempos. Assim, Maria foi proclamada Mãe dos homens, – de numerosíssimos irmãos de que Cristo é o primogênito. S. João, o representante de todos os novos filhos, foi o primeiro a tomar posse da herança de filho adotivo de Maria, – modelo de todos os que viriam depois e um santo, a quem a Legião deve a mais terna devoção.
Amou a Igreja e, nela, cada uma das almas, e ao seu serviço gastou todas as forças. Foi apóstolo, evangelista e teve o mérito de mártir. Foi o sacerdote de Maria: por isso, ele é o padroeiro especial do Sacerdote-Legionário a serviço de uma organização que deseja ardentemente ser uma cópia viva de Maria. A sua festa celebra-se a 27 de dezembro.
S. Luís Maria de Montfort: “Se respeitarmos as decisões de não admitir padroeiros particulares ou locais, a inclusão do nome de S. Luís Maria de Monfort parece ser, à primeira vista, discutível. Podemos todavia afirmar com segurança que nenhum santo desempenhou papel mais importante do que este no progresso da Legião. O Manual está cheio do seu espírito. As orações são um eco das suas palavras. É realmente o tutor da Legião: motivo por que a sua invocação é, por parte da Legião de Maria, quase uma obrigação moral” (Decisão da Legião que coloca o nome de S. Luís Maria de Montfort na lista das suas invocações). Foi canonizado a 20 de julho de 1947.
A sua festa celebra-se a 28 de abril. “Missionário e mais do que missionário, Doutor e Teólogo que nos deu uma Mariologia como nenhum outro havia concebido antes dele. Tão profundamente explorou as raízes da devoção mariana e por tão longe estendeu os seus horizontes, que se tornou indiscutivelmente o proclamador de todas as modernas manifestações de Maria – de Lourdes a Fátima, da definição da Imaculada Conceição à Legião de Maria. Tornou-se o precursor da idéia da vinda do Reino de Deus por Maria, e da tão suspirada salvação que, na plenitude dos tempos, a Virgem Mãe de Deus há de trazer à terra, pelo seu Imaculado Coração”. (Federico Cardeal Tedeschini, Arcipreste de S. Pedro. Discurso proferido no descerramento da estátua de S. Luís Maria de Montfort, na Basílica de S. Pedro, a 8 de dezembro de 1948). “Prevejo que muitos animais ferozes virão enraivecidos para rasgarem com os seus dentes diabólicos este pequeno escrito e aquele de quem o Espírito Santo se serviu para o compor. Pelo menos envolverão este livrinho nas trevas e no silêncio de uma arca, a fim de que não apareça. Atacarão mesmo e perseguirão aqueles que o lerem e puserem em prática. Mas, que importa? Tanto melhor. Esta visão anima-me e faz-me esperar um grande êxito, isto é, um grande esquadrão de bravos e valorosos soldados de Jesus e Maria, de ambos os sexos, que combaterão o mundo, o demônio e a natureza corrompida, os tempos perigosos que mais que nunca se aproximam” (S. Luís de Montfort, falecido em 1716: Tratado da Verdadeira Devoção, 114).
S. Miguel Arcanjo: “Apesar de príncipe da corte celeste, S. Miguel é o mais zeloso em honrar e fazer honrar Maria, sempre à espera das suas ordens para ter o especial privilégio de voar em serviço de algum dos seus servos” (S. Agostinho). S. Miguel foi sempre o patrono do povo escolhido, da Antiga e da Nova Lei. É o leal defensor da Igreja, mas não deixou a guarda dos judeus pelo fato de eles se terem afastado de Cristo. Antes intensificou esta proteção, mesmo porque eles mais precisam dela, e também porque são ligados pelo sangue a Jesus, Maria e José. A Legião milita sob a proteção de S. Miguel. Com a sua inspiração, deve trabalhar sacrificadamente pela recuperação desse povo, com o qual o Senhor fez uma aliança de amor sem fim. A festa do “príncipe do Exército do Senhor” (Js 5,14) celebra-se a 29 de setembro.“Não são eles todos, espíritos a serviço de Deus, enviados a fim de exercerem um ministério a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” – pergunta o autor da Carta aos Hebreus (1, 14). E nisto crê e isto ensina a Igreja, com base na Sagrada Escritura, da qual sabemos que é tarefa dos anjos bons a proteção dos homens e a solicitude pela sua salvação” (João Paulo II, Audiência Geral, 6 de agosto de 1986).
S. Gabriel Arcanjo: Em algumas liturgias, S. Gabriel e S. Miguel são saudados juntamente como campeões e príncipes, chefes do exército celeste, capitães dos anjos, servos da divina glória, guardas e guias das humanas criaturas. S. Gabriel é o Anjo da Anunciação. Foi ele que transmitiu a Maria as saudações da Santíssima Trindade; expôs pela primeira vez ao homem, o mistério desta Trindade Majestosa; anunciou a Encarnação; declarou a Conceição Imaculada de Maria; pronunciou as primeiras palavras da Ave-Maria. Referimo-nos acima ao interesse de S. Miguel pelos Judeus. Talvez se possa dizer a mesma coisa de S. Gabriel com relação aos Maometanos. Estes acreditam que foi ele quem lhe comunicou a religião que praticam. Tal pretensão, embora sem fundamento, representa uma atenção para com o Arcanjo, atenção que ele procurará pagar de forma conveniente, esclarecendo-os a respeito da revelação cristã de que era o guarda. Mas esta transformação não a pode conseguir por ele próprio. A colaboração humana tem de desempenhar sempre a sua parte. Jesus e Maria ocupam no Corão (o livro sagrado da religião dos muçulmanos), um lugar tão importante, quase como nos Evangelhos, mas sem qualquer função. Este santo par espera no Islã que alguém o ajude a explicar-se e a afirmar-se. Provado está que a Legião possui um dom especial neste sentido e que os seus membros são recebidos com consideração pelos muçulmanos. Que rido material para tal esclarecimento existe no Alcorão! A festa de S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael celebra-se a 29 de setembro. “As Escrituras mostram-nos um espírito da mais elevada nobreza celeste, enviado, em forma visível, a anunciar a Maria o Mistério da Encarnação. Maria foi convidada a ser Mãe de Deus por um Anjo, porque, por sua divina maternidade, deteria a soberania, o poder e o domínio sobre todos os Anjos. “Pode-se dizer – escreve Pio XII – que o Arcanjo S. Gabriel foi o primeiro mensageiro da função real de Maria” (Ad coeli Reginam). Gabriel é honrado como padroeiro dos responsáveis de missões importantes, dos que por Deus, são anunciadores de grandes novas. Foi ele quem transmitiu a Maria a mensagem de Deus.

Nesse momento representava ela todo o gênero humano e ele, o conjunto dos Anjos. O seu diálogo, motivo de inspiração para os homens até ao fim dos tempos, firmou um tratado sobre o qual se haviam de erguer “novos céus e nova terra”. Que admirável, pois, aquele que falou a Maria e como erram quantos reduzem o seu papel a uma comunicação sem sua participação. Sabia perfeitamente o que estava acontecendo e deu prova do mais vasto conhecimento possível. Reverente para com Maria, responde perfeitamente a todas as suas perguntas, pois era o porta-voz e confidente de Deus. Do encontro de Gabriel com Nossa Senhora surgiu a renovação da criação. A nova Eva consertou os estragos causados pela primeira Eva. O novo Adão, como cabeça do Corpo Místico que inclui também os Anjos, restaurou não só o gênero humano mas igualmente, a honra dos mesmos Anjos que perdera o brilho por causa do Anjo perverso” (Dr. Michael O’Carroll, C. S. Sp.).



Milícias do céu: Legião dos anjos de Maria Regina Angelorum! Rainha dos Anjos! Que encanto, que alegria antecipada do céu pensar em Maria, nossa Mãe, acompanhada incessantemente por Legiões de Anjos!” (João XXIII). “Maria é a Generalíssima dos exércitos de Deus. Os Anjos formam as mais gloriosas tropas daquela que é terrível como um exército em ordem de batalha!” (Boudon: Os Anjos). A invocação dos Anjos teve o seu lugar, desde o princípio, nas orações da Legião. [...] Temos de supor que também aqui a Legião foi guiada sobrenaturalmente, pois a estreita relação dos Anjos com o movimento legionário não era então vista com a clareza de hoje. À medida que o tempo foi passando, tornou-se cada vez mais clara a conveniência de recorrer aos Anjos. Compreendeu-se enfim que os Anjos são o lado celeste da campanha desenvolvida na terra pela Legião. A aliança entre a Legião e os Anjos tem diferentes aspectos. Cada legionário, seja ele Ativo ou Auxiliar, tem um Anjo da Guarda que combate a seu lado, golpe por golpe. A batalha tem maior significado para o Anjo, em certo sentido, do que para o legionário: o Anjo vê claramente o valor do que está em jogo – a glória de Deus e o valor de uma alma imortal. Por isso, o interesse do Anjo é mais intenso e o seu auxílio constante. Mas todos os outros Anjos estão igualmente interessados nesta guerra. Todos aqueles a favor de quem a Legião trabalha, por exemplo, têm os Anjos da guarda, prestando o seu auxílio ao lado dos legionários. Além disso, o exército inteiro dos Anjos entra em cena. A batalha travada por nós faz parte do combate principal sustentado por eles, desde o princípio, contra Satanás e os seus seguidores. A memória desta Legião celeste celebra-se a 2 de outubro. “A realeza de Nossa Senhora, com relação aos anjos, não deve tormar-se apenas como uma expressão de honra. A sua função real é uma participação na realeza de Cristo e este tem domínio total e universal sobre toda a criação. Os teólogos ainda não explicaram todas as diferentes maneiras como Maria governa juntamente com Cristo Rei. Mas é claro que a sua realeza é um princípio de ação e que os efeitos desta ação atingem os confins do universo visível e invisível. Rege os espíritos bons e controla os maus. Através dela realiza-se aquela inquebrável aliança das sociedades humana e angélica, pela qual toda a criação será conduzida ao seu verdadeiro fim, a glória da Santíssima Trindade. A sua realeza é nosso escudo, pois a nossa Mãe e Protetora tem poder para ordenar aos anjos que venham em nosso auxílio. Para ela, a realeza significa uma associação ativa com seu Filho, na desagregação e destruição do império de Satanás sobre os homens” (Michael O’Carroll, C. S. Sp.).



S. João Batista: Após São José, nenhum outro Santo Padroeiro está mais intimamente ligado ao programa legionário de piedade. João Batista foi o primeiro de todos os legionários, o precursor de Jesus, – indo à sua frente preparar os caminhos e endireitar os atalhos. Foi um modelo de inabalável firmeza e dedicação à sua causa, pela qual estava disposto a morrer e morreu de verdade. Foi preparado e formado para a sua missão pela Santíssima Virgem, como todos os legionários o devem ser. Declara S. Ambrósio que o principal intento da estada de Nossa Senhora em casa de Isabel foi formar e estabelecer no seu cargo o Grande Profeta ainda criança. O momento desta preparação é celebrado pela Catena, a oração central da Legião, imposta como obrigação diária a todos os membros. O episódio da Visitação apresenta-nos Nossa Senhora, pela primeira vez, no desempenho do seu cargo de Medianeira, e S. João, o primeiro beneficiado. Por isso, desde o início se exibiu S. João como Padroeiro especial dos legionários e de todos os contatos legionários; do trabalho das visitas sob todas as modalidades, e de fato, de toda a atividade legionária – esforço de colaboração com Maria, no seu ofício de Mediadora. João foi um dos elementos mais importantes da missão do Salvador. Ora, todos os elementos desta missão devem estar presentes no sistema que procura reproduzi-la. O Precursor não pode faltar. Quereriam Jesus e Maria aparecer em cena, faltando João para os apresentar? Reconheçam os legionários o lugar especial de S. João e permitam-lhe continuar a sua missão por uma ardente confiança na sua proteção, “Sendo Jesus para sempre “Aquele que vem”, João será também o seu Precursor de sempre, por que a economia da Encarnação histórica de Cristo se continua no seu Corpo Místico” (Daniélou). A invocação de S. João Batista segue a dos Anjos nas Orações Finais. Estas orações apresentam-nos a Legião em marcha, protegida do alto, pelo Espírito Santo que se revela através de Nossa Senhora, como Coluna de Fogo; apoiada pela Legião dos Anjos e por seus Chefes, S. Miguel e S. Gabriel, precedidos pelo Precursor S. João, no cumprimento, hoje como antigamente, da sua missão providencial e levando como Generais os Santos Pedro e Paulo. S. João Batista tem duas festas: a da Natividade, a 24 de junho, e a do Martírio, a 29 de agosto. “Creio que o mistério de João se efetua ainda no mundo de hoje. Antes de alguém acreditar em Cristo Jesus, tem de descer, sobre a sua alma, o espírito e a virtude de João para preparar ao Senhor um povo perfeito e endireitar e aplanar os ásperos caminhos do seu coração. Até nossos dias, sempre o espírito e a virtude de João preparam a vinda do Senhor e Salvador” (Orígenes).


S. Pedro: “Como Príncipe dos Apóstolos, S. Pedro é, por excelência, o padroeiro de uma organização apostólica. Foi o primeiro Papa, mas representa toda a ilustre série de Pontífices até ao Santo Padre atual. Invocando S. Pedro, expressamos uma vez mais a fidelidade da Legião a Roma, centro de Fé, fonte da autoridade, da disciplina e da unidade” – (Decisão da Legião, colocando o nome de S. Pedro na lista das invocações). A festa de S. Pedro e São Paulo celebra-se a 29 de junho. “E eu digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares sobre a terra será também ligado nos Céus; e tudo que desligares sobre a terra será desligado também nos Céus” (Mt 16, 18-19).


S. Paulo: Uma alma que pretende ganhar as outras deve ser grande, imensa como o oceano: para converter o mundo é necessário ter uma alma maior que o mundo. Tal era S. Paulo desde o dia em que uma luz celeste repentinamente o envolveu, lhe penetrou na alma e o inflamou no desejo ardente de encher a terra com a fé e o nome de Cristo. O seu nome resume a sua obra – Apóstolo dos Pagãos.Trabalhou incansavelmente até que a espada do carrasco entregou o seu espírito incansável nas mãos de Deus; mas os seus escritos sobreviveram e para sempre hão de viver, continuando a sua missão. É costume da Igreja colocá-lo sempre junto com São Pedro nas suas orações, o que para ele constitui grande glória. Nada mais justo, pois ambos consagram Roma com o seu martírio.A Igreja celebra a Festa de S. Pedro e S. Paulo no mesmo dia. “Cinco vezes recebi dos Judeus os quarenta açoites menos um; três vezes fui açoitado com varas, uma vez apedrejado; três vezes naufraguei e passei no abismo uma noite e um dia. Viagens sem conta, exposto a perigos de salteadores, perigos da parte dos meus concidadãos, perigos dos pagãos, perigos no mar, perigos entre os falsos irmãos e irmãs. Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, como fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez” (2 Cor 11, 23-27).


Extraído do site:

http://www.legiaodemaria.com/