segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Os Padroeiros da Legião


São José: Nas orações da Legião, o nome de S. José vem logo depois das invocações aos Corações de Jesus e de Maria, pois que também no Céu ocupa, junto d’Eles, o primeiro lugar. Chefe da Sagrada Família, desempenhou, junto de Jesus e de Maria, funções especiais de importância fundamental. As mesmas funções, sem tirar nem pôr, continua ele, o maior dos Santos, a desempenhá-las junto do Corpo Místico de Jesus e da Mãe deste Corpo. Auxilia a existência e a atividade da Igreja e, por conseqüência, da Legião. Os seus cuidados são constantes, vitais e caracterizados por uma intimidade familiar. Depôs de Maria, não há santo mais influente e, como tal, deve ser estimado pelos legionários. Para o seu amor se mostrar poderoso em cada um de nós, é necessário que o nosso procedimento para com ele reflita a compreensão do intenso afeto que nos consagra. Jesus e Maria, agradecidos a José pelos seus carinhos e trabalhos, traziam-no sempre no coração. Procedam do mesmo modo os legionários. A solenidade de S. José, esposo da Bem-aventurada Virgem Maria, celebra-se a 19 de março; a memória de S. José, Trabalhador, a 1º de maio.


S. João Evangelista: Citado no evangelho como o “Discípulo a quem Jesus amava”, S. João representa para nós, modelo de devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Fiel até o fim, a este Coração se conservou unido até que O viu sem vida e varado pela lança. Manifestou-se em seguida como modelo de devoção ao Imaculado Coração de Maria. Puro como um anjo, ocupou o lugar que foi de Jesus, e continuou a prestar a Maria o amor de filho, até o momento em que Deus A chamou. Mas a terceira palavra, pronunciada por Jesus Cristo no alto da cruz, continha mais que uma preocupação filial tomada para com a Sua Mãe Santíssima. Na pessoa de S. João, Nosso Senhor indicava o gênero humano, mas sobretudo aqueles que pela fé se uniriam a Ele em todos os tempos. Assim, Maria foi proclamada Mãe dos homens, – de numerosíssimos irmãos de que Cristo é o primogênito. S. João, o representante de todos os novos filhos, foi o primeiro a tomar posse da herança de filho adotivo de Maria, – modelo de todos os que viriam depois e um santo, a quem a Legião deve a mais terna devoção.
Amou a Igreja e, nela, cada uma das almas, e ao seu serviço gastou todas as forças. Foi apóstolo, evangelista e teve o mérito de mártir. Foi o sacerdote de Maria: por isso, ele é o padroeiro especial do Sacerdote-Legionário a serviço de uma organização que deseja ardentemente ser uma cópia viva de Maria. A sua festa celebra-se a 27 de dezembro.
S. Luís Maria de Montfort: “Se respeitarmos as decisões de não admitir padroeiros particulares ou locais, a inclusão do nome de S. Luís Maria de Monfort parece ser, à primeira vista, discutível. Podemos todavia afirmar com segurança que nenhum santo desempenhou papel mais importante do que este no progresso da Legião. O Manual está cheio do seu espírito. As orações são um eco das suas palavras. É realmente o tutor da Legião: motivo por que a sua invocação é, por parte da Legião de Maria, quase uma obrigação moral” (Decisão da Legião que coloca o nome de S. Luís Maria de Montfort na lista das suas invocações). Foi canonizado a 20 de julho de 1947.
A sua festa celebra-se a 28 de abril. “Missionário e mais do que missionário, Doutor e Teólogo que nos deu uma Mariologia como nenhum outro havia concebido antes dele. Tão profundamente explorou as raízes da devoção mariana e por tão longe estendeu os seus horizontes, que se tornou indiscutivelmente o proclamador de todas as modernas manifestações de Maria – de Lourdes a Fátima, da definição da Imaculada Conceição à Legião de Maria. Tornou-se o precursor da idéia da vinda do Reino de Deus por Maria, e da tão suspirada salvação que, na plenitude dos tempos, a Virgem Mãe de Deus há de trazer à terra, pelo seu Imaculado Coração”. (Federico Cardeal Tedeschini, Arcipreste de S. Pedro. Discurso proferido no descerramento da estátua de S. Luís Maria de Montfort, na Basílica de S. Pedro, a 8 de dezembro de 1948). “Prevejo que muitos animais ferozes virão enraivecidos para rasgarem com os seus dentes diabólicos este pequeno escrito e aquele de quem o Espírito Santo se serviu para o compor. Pelo menos envolverão este livrinho nas trevas e no silêncio de uma arca, a fim de que não apareça. Atacarão mesmo e perseguirão aqueles que o lerem e puserem em prática. Mas, que importa? Tanto melhor. Esta visão anima-me e faz-me esperar um grande êxito, isto é, um grande esquadrão de bravos e valorosos soldados de Jesus e Maria, de ambos os sexos, que combaterão o mundo, o demônio e a natureza corrompida, os tempos perigosos que mais que nunca se aproximam” (S. Luís de Montfort, falecido em 1716: Tratado da Verdadeira Devoção, 114).
S. Miguel Arcanjo: “Apesar de príncipe da corte celeste, S. Miguel é o mais zeloso em honrar e fazer honrar Maria, sempre à espera das suas ordens para ter o especial privilégio de voar em serviço de algum dos seus servos” (S. Agostinho). S. Miguel foi sempre o patrono do povo escolhido, da Antiga e da Nova Lei. É o leal defensor da Igreja, mas não deixou a guarda dos judeus pelo fato de eles se terem afastado de Cristo. Antes intensificou esta proteção, mesmo porque eles mais precisam dela, e também porque são ligados pelo sangue a Jesus, Maria e José. A Legião milita sob a proteção de S. Miguel. Com a sua inspiração, deve trabalhar sacrificadamente pela recuperação desse povo, com o qual o Senhor fez uma aliança de amor sem fim. A festa do “príncipe do Exército do Senhor” (Js 5,14) celebra-se a 29 de setembro.“Não são eles todos, espíritos a serviço de Deus, enviados a fim de exercerem um ministério a favor daqueles que hão de herdar a salvação?” – pergunta o autor da Carta aos Hebreus (1, 14). E nisto crê e isto ensina a Igreja, com base na Sagrada Escritura, da qual sabemos que é tarefa dos anjos bons a proteção dos homens e a solicitude pela sua salvação” (João Paulo II, Audiência Geral, 6 de agosto de 1986).
S. Gabriel Arcanjo: Em algumas liturgias, S. Gabriel e S. Miguel são saudados juntamente como campeões e príncipes, chefes do exército celeste, capitães dos anjos, servos da divina glória, guardas e guias das humanas criaturas. S. Gabriel é o Anjo da Anunciação. Foi ele que transmitiu a Maria as saudações da Santíssima Trindade; expôs pela primeira vez ao homem, o mistério desta Trindade Majestosa; anunciou a Encarnação; declarou a Conceição Imaculada de Maria; pronunciou as primeiras palavras da Ave-Maria. Referimo-nos acima ao interesse de S. Miguel pelos Judeus. Talvez se possa dizer a mesma coisa de S. Gabriel com relação aos Maometanos. Estes acreditam que foi ele quem lhe comunicou a religião que praticam. Tal pretensão, embora sem fundamento, representa uma atenção para com o Arcanjo, atenção que ele procurará pagar de forma conveniente, esclarecendo-os a respeito da revelação cristã de que era o guarda. Mas esta transformação não a pode conseguir por ele próprio. A colaboração humana tem de desempenhar sempre a sua parte. Jesus e Maria ocupam no Corão (o livro sagrado da religião dos muçulmanos), um lugar tão importante, quase como nos Evangelhos, mas sem qualquer função. Este santo par espera no Islã que alguém o ajude a explicar-se e a afirmar-se. Provado está que a Legião possui um dom especial neste sentido e que os seus membros são recebidos com consideração pelos muçulmanos. Que rido material para tal esclarecimento existe no Alcorão! A festa de S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael celebra-se a 29 de setembro. “As Escrituras mostram-nos um espírito da mais elevada nobreza celeste, enviado, em forma visível, a anunciar a Maria o Mistério da Encarnação. Maria foi convidada a ser Mãe de Deus por um Anjo, porque, por sua divina maternidade, deteria a soberania, o poder e o domínio sobre todos os Anjos. “Pode-se dizer – escreve Pio XII – que o Arcanjo S. Gabriel foi o primeiro mensageiro da função real de Maria” (Ad coeli Reginam). Gabriel é honrado como padroeiro dos responsáveis de missões importantes, dos que por Deus, são anunciadores de grandes novas. Foi ele quem transmitiu a Maria a mensagem de Deus.

Nesse momento representava ela todo o gênero humano e ele, o conjunto dos Anjos. O seu diálogo, motivo de inspiração para os homens até ao fim dos tempos, firmou um tratado sobre o qual se haviam de erguer “novos céus e nova terra”. Que admirável, pois, aquele que falou a Maria e como erram quantos reduzem o seu papel a uma comunicação sem sua participação. Sabia perfeitamente o que estava acontecendo e deu prova do mais vasto conhecimento possível. Reverente para com Maria, responde perfeitamente a todas as suas perguntas, pois era o porta-voz e confidente de Deus. Do encontro de Gabriel com Nossa Senhora surgiu a renovação da criação. A nova Eva consertou os estragos causados pela primeira Eva. O novo Adão, como cabeça do Corpo Místico que inclui também os Anjos, restaurou não só o gênero humano mas igualmente, a honra dos mesmos Anjos que perdera o brilho por causa do Anjo perverso” (Dr. Michael O’Carroll, C. S. Sp.).



Milícias do céu: Legião dos anjos de Maria Regina Angelorum! Rainha dos Anjos! Que encanto, que alegria antecipada do céu pensar em Maria, nossa Mãe, acompanhada incessantemente por Legiões de Anjos!” (João XXIII). “Maria é a Generalíssima dos exércitos de Deus. Os Anjos formam as mais gloriosas tropas daquela que é terrível como um exército em ordem de batalha!” (Boudon: Os Anjos). A invocação dos Anjos teve o seu lugar, desde o princípio, nas orações da Legião. [...] Temos de supor que também aqui a Legião foi guiada sobrenaturalmente, pois a estreita relação dos Anjos com o movimento legionário não era então vista com a clareza de hoje. À medida que o tempo foi passando, tornou-se cada vez mais clara a conveniência de recorrer aos Anjos. Compreendeu-se enfim que os Anjos são o lado celeste da campanha desenvolvida na terra pela Legião. A aliança entre a Legião e os Anjos tem diferentes aspectos. Cada legionário, seja ele Ativo ou Auxiliar, tem um Anjo da Guarda que combate a seu lado, golpe por golpe. A batalha tem maior significado para o Anjo, em certo sentido, do que para o legionário: o Anjo vê claramente o valor do que está em jogo – a glória de Deus e o valor de uma alma imortal. Por isso, o interesse do Anjo é mais intenso e o seu auxílio constante. Mas todos os outros Anjos estão igualmente interessados nesta guerra. Todos aqueles a favor de quem a Legião trabalha, por exemplo, têm os Anjos da guarda, prestando o seu auxílio ao lado dos legionários. Além disso, o exército inteiro dos Anjos entra em cena. A batalha travada por nós faz parte do combate principal sustentado por eles, desde o princípio, contra Satanás e os seus seguidores. A memória desta Legião celeste celebra-se a 2 de outubro. “A realeza de Nossa Senhora, com relação aos anjos, não deve tormar-se apenas como uma expressão de honra. A sua função real é uma participação na realeza de Cristo e este tem domínio total e universal sobre toda a criação. Os teólogos ainda não explicaram todas as diferentes maneiras como Maria governa juntamente com Cristo Rei. Mas é claro que a sua realeza é um princípio de ação e que os efeitos desta ação atingem os confins do universo visível e invisível. Rege os espíritos bons e controla os maus. Através dela realiza-se aquela inquebrável aliança das sociedades humana e angélica, pela qual toda a criação será conduzida ao seu verdadeiro fim, a glória da Santíssima Trindade. A sua realeza é nosso escudo, pois a nossa Mãe e Protetora tem poder para ordenar aos anjos que venham em nosso auxílio. Para ela, a realeza significa uma associação ativa com seu Filho, na desagregação e destruição do império de Satanás sobre os homens” (Michael O’Carroll, C. S. Sp.).



S. João Batista: Após São José, nenhum outro Santo Padroeiro está mais intimamente ligado ao programa legionário de piedade. João Batista foi o primeiro de todos os legionários, o precursor de Jesus, – indo à sua frente preparar os caminhos e endireitar os atalhos. Foi um modelo de inabalável firmeza e dedicação à sua causa, pela qual estava disposto a morrer e morreu de verdade. Foi preparado e formado para a sua missão pela Santíssima Virgem, como todos os legionários o devem ser. Declara S. Ambrósio que o principal intento da estada de Nossa Senhora em casa de Isabel foi formar e estabelecer no seu cargo o Grande Profeta ainda criança. O momento desta preparação é celebrado pela Catena, a oração central da Legião, imposta como obrigação diária a todos os membros. O episódio da Visitação apresenta-nos Nossa Senhora, pela primeira vez, no desempenho do seu cargo de Medianeira, e S. João, o primeiro beneficiado. Por isso, desde o início se exibiu S. João como Padroeiro especial dos legionários e de todos os contatos legionários; do trabalho das visitas sob todas as modalidades, e de fato, de toda a atividade legionária – esforço de colaboração com Maria, no seu ofício de Mediadora. João foi um dos elementos mais importantes da missão do Salvador. Ora, todos os elementos desta missão devem estar presentes no sistema que procura reproduzi-la. O Precursor não pode faltar. Quereriam Jesus e Maria aparecer em cena, faltando João para os apresentar? Reconheçam os legionários o lugar especial de S. João e permitam-lhe continuar a sua missão por uma ardente confiança na sua proteção, “Sendo Jesus para sempre “Aquele que vem”, João será também o seu Precursor de sempre, por que a economia da Encarnação histórica de Cristo se continua no seu Corpo Místico” (Daniélou). A invocação de S. João Batista segue a dos Anjos nas Orações Finais. Estas orações apresentam-nos a Legião em marcha, protegida do alto, pelo Espírito Santo que se revela através de Nossa Senhora, como Coluna de Fogo; apoiada pela Legião dos Anjos e por seus Chefes, S. Miguel e S. Gabriel, precedidos pelo Precursor S. João, no cumprimento, hoje como antigamente, da sua missão providencial e levando como Generais os Santos Pedro e Paulo. S. João Batista tem duas festas: a da Natividade, a 24 de junho, e a do Martírio, a 29 de agosto. “Creio que o mistério de João se efetua ainda no mundo de hoje. Antes de alguém acreditar em Cristo Jesus, tem de descer, sobre a sua alma, o espírito e a virtude de João para preparar ao Senhor um povo perfeito e endireitar e aplanar os ásperos caminhos do seu coração. Até nossos dias, sempre o espírito e a virtude de João preparam a vinda do Senhor e Salvador” (Orígenes).


S. Pedro: “Como Príncipe dos Apóstolos, S. Pedro é, por excelência, o padroeiro de uma organização apostólica. Foi o primeiro Papa, mas representa toda a ilustre série de Pontífices até ao Santo Padre atual. Invocando S. Pedro, expressamos uma vez mais a fidelidade da Legião a Roma, centro de Fé, fonte da autoridade, da disciplina e da unidade” – (Decisão da Legião, colocando o nome de S. Pedro na lista das invocações). A festa de S. Pedro e São Paulo celebra-se a 29 de junho. “E eu digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares sobre a terra será também ligado nos Céus; e tudo que desligares sobre a terra será desligado também nos Céus” (Mt 16, 18-19).


S. Paulo: Uma alma que pretende ganhar as outras deve ser grande, imensa como o oceano: para converter o mundo é necessário ter uma alma maior que o mundo. Tal era S. Paulo desde o dia em que uma luz celeste repentinamente o envolveu, lhe penetrou na alma e o inflamou no desejo ardente de encher a terra com a fé e o nome de Cristo. O seu nome resume a sua obra – Apóstolo dos Pagãos.Trabalhou incansavelmente até que a espada do carrasco entregou o seu espírito incansável nas mãos de Deus; mas os seus escritos sobreviveram e para sempre hão de viver, continuando a sua missão. É costume da Igreja colocá-lo sempre junto com São Pedro nas suas orações, o que para ele constitui grande glória. Nada mais justo, pois ambos consagram Roma com o seu martírio.A Igreja celebra a Festa de S. Pedro e S. Paulo no mesmo dia. “Cinco vezes recebi dos Judeus os quarenta açoites menos um; três vezes fui açoitado com varas, uma vez apedrejado; três vezes naufraguei e passei no abismo uma noite e um dia. Viagens sem conta, exposto a perigos de salteadores, perigos da parte dos meus concidadãos, perigos dos pagãos, perigos no mar, perigos entre os falsos irmãos e irmãs. Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, como fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez” (2 Cor 11, 23-27).


Extraído do site:

http://www.legiaodemaria.com/

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