"O Rosário é minha oração preferida. Oração
maravilhosa em sua simplicidade e em sua profundidade. Nesta oração repetimos
muitas vezes as palavras que a Virgem Maria escutou da boca do anjo e de sua
prima Isabel. A estas palavras toda a Igreja se associa.
Podemos dizer que o Rosário é, de certo
modo, uma oração-comentário do último capítulo da Constituição "Lumen
Gentium" do Vaticano II, capítulo que trata da admirável presença da Mãe
de Deus no mistério de Cristo e da Igreja. No fundo das palavras "Ave
Maria", passam diante dos olhos do que reza os principais episódios da
vida de Cristo, com seus mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos, que nos
fazem entrar em comunhão com Cristo, poderíamos dizer, através do coração de
sua Mãe.
Nosso coração pode encerrar nestas dezenas
do Rosário todos os atos que compõem a vida de cada indivíduo, de cada família,
de cada nação, da Igreja e da humanidade: os acontecimentos pessoais e os do
próximo e, de modo particular, daqueles que mais gostamos. Assim, a simples
oração do Rosário pulsa no ritmo da vida humana".
João Paulo II
AS FRASES
“mais belas”
da Carta Apostólica
“O Rosário da Virgem Maria”,
do Papa João Paulo II:
- O Rosário é uma oração de grande significado e destinada a produzir
frutos de santidade.
- Mediante o Rosário , o povo cristão
aprende com Maria a contemplar a beleza do rosto de Cristo, e a experimentar a
profundidade do seu amor (n. 1 b)
- Através do Rosário, o crente alcança
abundantes graças, como se as recebesse das próprias mãos da Mãe do Redentor
(n. 1 b).
- Desde a minha juventude, o Rosário teve um
lugar importante na minha vida espiritual (n. 2 b).
- Com efeito, recitar o Rosário nada mais é
senão contemplar com Maria o rosto de Cristo (n. 3 a).
- Proclamo, portanto, o ano que vai de
Outubro de 2002 a Outubro de 2003, “Ano do Rosário” (n. 3 a).
-O Rosário, quando descoberto no seu pleno
significado, conduz ao âmago da vida cristã, oferecendo uma ordinária e fecunda
oportunidade espiritual e pedagógica para a contemplação pessoal (do rosto de
risto), a formação do Povo de Deus e a nova evangelização (n. 3 b).
- A prática do Rosário é um meio muito
válido para favorecer entre os fiéis a exigência de contemplação do mistério
cristão. O Rosário situa-se na melhor e mais garantida tradição da contemplação
cristã (n. 5 a, b).
- O Rosário foi, por diversas vezes,
proposto pelos meus Predecessores e mesmo por mim como oração pela paz.
Portanto, não se pode recitar o Rosário sem sentir-se chamado a um preciso
compromisso de serviço à paz, especialmente na terra de Jesus, tão atormentada
ainda, e tão querida ao coração cristão.
- Seria impossível citar a multidão, sem
conta, de Santos que encontraram no Rosário um autêntico caminho de
santificação (n. 8).
- Quando recita o Rosário, a comunidade cristã
sintoniza-se com a lembrança e com o olhar de Maria. A contemplação de Maria é,
antes de mais, um recordar os acontecimentos salvíficos, que culminam no
próprio Cristo, ICONE da contemplação cristã. Maria vive com os olhos fixos em
Cristo e nos seus acontecimentos, que constituíram, de certo modo, o “Rosário”
que Ela mesma recitou constantemente nos dias da sua vida terrena (nn. 11 e
13).
- Nunca como no Rosário o caminho de Cristo
e o de Maria aparecem unidos tão profundamente. Maria só vive em Cristo e em
função de Cristo! (n. 15 d).
- O Rosário é ao mesmo tempo meditação e súplica. A imploração insistente
da Mãe de Deus apoia-se na confiança de que a sua materna intercessão tudo pode no coração do
Filho. Ela é “omnipotente por graça”. No Rosário, Maria, santuário do Espírito
Santo (cf. Lc 1, 35), ao ser suplicada por nós, apresenta-se em nosso favor
diante do Pai que a cumulou de graça, e diante do Filho nascido do seu seio,
pedindo connosco e por nós (n. 16 c).
- O Rosário é também um itinerário de anúncio e aprofundamento. É uma
apresentação orante e contem- plativa, que visa plasmar o cristão(ã) segundo o
coração de Cristo (n. 17).
- O Rosário é uma das modalidades
tradicionais da oração cristã aplicada ? contemplação do rosto de Cristo (n. 18
b).
- Para que o Rosário possa considerar-se
mais plenamente “Compêndio do Evangelho”, é conveniente ue, depois de recordar
a encarnação e a vida oculta de Cristo (mistérios da alegria), e antes de se
deter nos sofrimentos da paixão (mistérios da dor), e no triunfo da
ressurreição (mistérios da glória), a meditação se concentre também sobre
alguns momentos particularmente significativos da vida pública (mistérios da
luz) (n. 19 c).
- O Rosário promove “o amor de Cristo, que
ultrapassa todo o conhecimento” (cf. Ef 3, 19), oferecendo o “segredo” para se
abrir mais facilmente a um conhecimento profundo e empenhado de Cristo. Digamos
que é o caminho de Maria. É o caminho do exemplo da Virgem de Nazaré, mulher de
fé, de silêncio e de escuta (n. 24 b).
- Quem contempla a Cristo, percorrendo as
etapas da sua vida, não pode deixar de aprender d’Ele a verdade sobre o homem.
“Na realidade, o mistério do homem só no mistério do Verbo encarnado se
esclarece verdadeiramente” (GS 22). O Rosário ajuda a abrir-se a esta luz. Seguindo
o caminho de Cristo – no qual o caminho do homem é “recapitulado -, manifestado
e redimido, o crente põe-se diante da imagem do homem verdadeiro (n. 25 b).
- Contemplando – no Rosário – a Cristo e sua Mãe na glória, vê a meta
para a qual cada um de nós é chamado, se se deixa curar e transfigurar pelo
Espírito Santo. Pode dizer-se, portanto, que cada mistério do Rosário, bem
meditado, ilumina o mistério do homem (n. 25 b).
- Meditar com o Rosário significa entregar
os nossos cuidados aos corações misericordiosos de Cristo e da sua Mãe.
Verdadeiramente o Rosário “marca o ritmo da vida humana”, para harmonizá-la com
o ritmo da vida divina, na gozosa comunhão da Santíssima Trindade, destino e
aspiração da nossa existência (n. 25 c).
- O Rosário tem não só a simplicidade duma
oração popular, mas também a profundidade teológica duma oração adaptada a quem
sente a exigência duma contemplação mais intensa (n. 39 a).
- O Rosário é, por natureza, uma oração
orientada para a paz, precisamente porque consiste na contemplação de Cristo,
Príncipe da paz e “nossa paz” (Ef 2, 14). O Rosário exerce uma acção
pacificadora sobre quem o reza, predispondo-o a receber e experimentar no mais
fundo de si mesmo e a espalhar ao seu redor aquela paz verdadeira que é um dom
especial do Ressuscitado (cf. Jo 14, 27; 20, 21) (n. 40 b).
- O Rosário foi desde sempre também oração
da família e pela família. Outrora, esta devoção era particularmente amada
pelas famílias cristãs e favorecia certamente a sua união. A família que reza
unida, permanece unida (n. 41 a, c).
- Rezar o Rosário pelos filhos e, mais
ainda, com os filhos, educando-os desde tenra idade para este momento diário de
“paragem orante” da família é uma ajuda espiritual que não se deve subestimar
(n. 42 b).
- Uma oração tão fácil e ao mesmo tempo tão
rica merece verdadeiramente ser descoberta de novo pela comunidade cristã,
sobretudo neste “Ano do Rosário” (n. 43 a).
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