segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Papa Francisco I


Papa Francisco I

Conhecido até a data de 13 de março como Jorge Bergoglio, o cardeal argentino de 76 anos é citado como um homem humilde que negou a si mesmo os luxos desfrutados por outros cardeais em Buenos Aires. Evita aparições na mídia e possui hábitos simples. Utiliza o transporte coletivo e cozinha suas próprias refeições. É reconhecido por ser um  defensor da ajuda aos pobres Costuma apoiar programas sociais e desafiar publicamente políticas de livre mercado. Embora se mostre preocupado com a população de baixa renda, defende que o clero atue prioritariamente servindo os mais pobres.  Ele considera que o alcance social, em vez de batalhas doutrinais, é a questão essencial da Igreja, aprecia música clássica, literatura e é torcedor do clube de futebol San Lorenzo de Almagro.
O conservadorismo do novo papa é conhecido por declarações contra o aborto e a eutanásia. Além disso, embora ressalte que homossexuais merecem respeito, Bergoglio é contra o casamento gay. 
Jorge Mario Bergoglio nasceu na capital argentina no bairro de Flores e, depois de cursar o seminário no bairro Villa Devoto, entrou para a Sociedade de Jesus, aos 19 anos, em 1958. Foi ordenado padre pelos jesuítas um ano depois, quando estudava teologia e filosofia na Faculdade de San Miguel. De 1973 a 1979, Bergoglio foi provinciano pela Argentina e a partir de 1980, reitor da faculdade de San Miguel, cargo que ocupou por seis anos.
O papa obteve o título de doutor na Alemanha. Em 1992, foi nomeado bispo e elevado a arcebispo em 1997, passando a chefiar a arquidiocese de Buenos Aires desde então. O argentino ingressou no Colégio de Cardeais em 2001. Na Santa Sé, participava de diversos dicastérios: era membro da Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos, da Congregação para o Clero e da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e das Sociedades da Vida Apostólica, além do Conselho 

Pontifício para a Família e da Comissão Pontifícia para a a América Latina. Ele era considerado "papável" desde o conclave que elegeu o alemão Bento 16 para suceder o polonês João Paulo 2º, em 2005. Com a renúncia do primeiro, o nome do arcebispo de Buenos Aires voltou a ficar entre os mais cotados ao posto de papa.


O primeiro discurso do Papa

“Irmãos e Irmãs, boa noite! Vocês sabem que o dever do conclave era de dar um bispo a Roma. Parece que meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase no fim do mundo. Mas, estamos aqui! Vos agradeço pela acolhida, à comunidade diocesana, ao seu bispo. Obrigado!(…aplausos…) Antes de tudo, gostaria de fazer uma oração pelo nosso bispo emérito Bento XVI (…aplausos…). Rezemos todos juntos por ele, para que Deus o abençoe e Nossa senhora o proteja. (segue a oração do Pai Nosso, da Ave Maria e do Glória ao Pai). E agora comecemos este caminho bispo e povo, bispo e povo. Este é o caminho da Igreja de Roma que é aquela que precede na caridade todas as outras Igrejas. Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre por nós, um pelo outro, rezemos por todo o mundo, para que exista uma grande fraternidade. Desejo que este caminho de Igreja, que hoje começamos e que me ajudará o meu Cardeal Vigário aqui presente, seja frutuoso para a evangelização desta tão bela cidade. (aplausos). E agora gostaria de dar uma bênção, mas antes vos peço um favor. Antes de o bispo abençoar o povo vos peço que vocês rezem ao Senhor para que me abençoe. A oração do povo pedindo a bênção pelo seu bispo. (…aplausos…). Façamos em silêncio esta oração de vocês por mim”!


Foto dos anos 1950 mostra Jorge Mario Bergoglio, a direita, posa com colegas de escola preparatória em Buenos Aires, Argentina.

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