Jesus
Cristo é o Verbo de Deus, isto é, a Segunda Pessoa da Santíssima
Trindade, o Filho de Deus. Para entender estas expressões em seu
sentido correto. O Filho Unigênito de Deus se encarnou, no tempo, no
seio da Virgem Maria, por obra do Espírito Santo. Era extremamente
conveniente que Cristo fosse concebido de modo virginal, porque, ele
devia nascer como qualquer homem, se não se negaria a sua
humanidade. Mas Ele devia ser concebido miraculosamente, para que se
compreendesse que Ele era Deus. Cristo nasceu de uma mulher, para
provar que era homem. Nasceu de uma Virgem, para ficar claro que Ele
era Deus. Por isso é que o Profeta Isaías, séculos antes, anunciou
que "Pois
por isso, o mesmo Senhor vos dará este sinal: uma Virgem conceberá
e dará à luz a um filho, e o seu nome será Emanuel"
(Is. VII , 14). Que Nossa Senhora concebeu a Jesus virginalmente,
vejo que você compreende, aceita e crê, pois que isso está
revelado no Evangelho de São Lucas ,onde se lê: "Estando
Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma
cidade da Galiléia, chamada Nazareth, a uma virgem
desposada com um varão, chamado José, da casa de Davi. E
o nome da Virgem
era Maria"
(Luc.I, 26-27). Que Nossa Senhora permanecesse Virgem depois do parto
de Jesus, era também muitíssimo conveniente, porque:
1*
Porque sendo Jesus, o Filho unigênito de Deus Pai -- o Verbo ou
Sabedoria de Deus -- convinha que também na terra Ele fosse
unigênito.
2*
Porque, se Ele tivesse tido irmãos carnais, pensar-se-ia que esses
irmãos também seriam deuses, causando o politeísmo e heresia.
3*
Porque Deus fez um paraíso para Adão apenas. Fez um Paraíso para
os homens no céu. E fez um Paraíso só para si, que foi Maria. É o
que diz São Luis de Montfort.
4*
Porque convém absolutamente -- mais -- é necessário que Deus só
tenha uma esposa, assim como é necessário que Ele tenha uma só
Igreja. Por isso, assim também a esposa só pode ter um esposo. E
Maria só devia ter um esposo real: o próprio Deus, e manter-se
virgem por toda a vida.
5*
Porque era muito necessário, para nós, que fosse assim, para
compreendermos o alto valor da Virgindade, pois que a Virgem mais
fecunda, aquela que gerou em seu seio o próprio Deus encarnado, quis
se manter Virgem, como deveremos nós prezar a virgindade e a pureza,
nós que geramos filhos, sem valor, se comparados com o dela?
6*
Sempre existe semelhança entre mãe e filho. Também entre Nossa
Senhora e Jesus deve haver semelhança maior do que a normal. Maria
foi feita por Deus o quanto possível semelhante e proporcionada a
seu Filho santíssimo. Como Jesus se manteve virgem sempre, convinha
imensamente que Maria, também nisto, fosse proporcionada a Cristo, e
permanecesse perpetuamente virgem.
7*
O matrimônio é monogâmico. Ora, se Maria tivesse tido filhos de
outrem que não o Espírito Santo, seu Divino esposo, isso seria uma
aberração, semelhante ao adultério. Esposa do Divino Espírito
Santo uma vez, Maria devia se conservar sua esposa fiel sempre.
O
PROBLEMA DOS "IRMÃOS" DE JESUS
Muitos
hereges, no passado, ousaram, de modo blasfemo, duvidar da virgindade
perpétua de Nossa Senhora. Para sofimar sobre isto, eles alegavam os
textos dos evangelhos que falam dos "Irmãos" de Jesus.
Nos
tempos modernos, os protestantes repetiram essa blasfêmia contra a
Mãe do Senhor. E, explorando a ignorância das massas, eles espalham
sua heresia no meio do povo mais simples.
Com
efeito os evangelistas falam, em várias passagens desses "irmãos"
de Jesus.
Se
Jesus teve irmãos, argumentam esses hereges, Maria não foi sempre
virgem. Como responder a esse problema?
Permita-me
passar-lhe cópia da resposta a essa questão feita pelo autor de um
livro muito útil: Lúcio Navarro, Legítima
Interpretação da Bíblia,
Campanha de Instrução religiosa, Brasil-Portugal, Recife, 1958 n º
400, pp.590 a 592 inclusive.
"400.
Diante da frase de S. Mateus vista no número anterior, o leitor
ainda poderá compreender como se tenham equivocado os protestantes,
iludindo-se com as aparências.
Mas
agora vai pasmar ao ver a malícia, a precipitação com que esses
enfatuados intérpretes da Bíblia que a leem continuamente e
procuram aprendê-la de cor, ainda vão tirar da expressão IRMÃOS
DE JESUS uma conclusão. contra a virgindade perpétua do Maria
Santíssima. Senão, vejamos.
Sabemos
que a Escritura não somente designa com o nome de Irmãos aqueles
que são filhos do mesmo pai ou da mesma mãe, como eram Caim .Abel,
Esaú e Jacó, S. Tiago Maior e S. João Evangelista (que eram filhos
de Zebedeu) etc.; mas também aqueles que são parentes próximos,
como tios e primos. - A Escritura está cheia destes exemplos. Abraão
chama de Irmão a Lot: "Peço-te
que não haja rinhas entre mim e ti, nem entre os meus pastores e os
teus, porque somos
IRMÃOS (Gênesis,
XIII-8). Mais adiante a própria Bíblia o chama assim: "Abraão,
tendo ouvido que Lot, seu
IRMÃO, ficara
prisioneiro...
(Gênesis
XIV-14). Pois bem, "Lot era apenas sobrinho de Abraão, pois já
antes disto se lê no Gênesis: "Tinha
Abraão setenta e cinco anos, quando saiu de Harã. E ele levou
consigo a Sarai, sua mulher, a Lot,
FILHO DE SEU IRMÃO, E todos
os
bens
que possuíam
(Gênesis
XII-4 e 5).
Labão,
diz a Jacó: "Acaso,
porque tu és meu
IRMÃO, deves
tu servir-me de graça ? (Gênesis
XXIX-15). E no entanto Jacó era SOBRINHO de Labão:Isaac
chamou a Jacó e o abençoou e lhe pôs pôr preceito dizendo: "Não
tomes mulher da geração de Canaã; mas vai e parte para a
Mesopotimia ... e desposa-te com uma das filhas de Labão,
TEU TIO"" (Gênesis,
XXVIII -l e 2). Realmente Jacó era filho de Isaac com Rebeca
(Gênesis XXV, 21 a 25) e Rebeca era irmã de Labão: "Rebeca,
porém, tinha um irmão chamado Labão
(Gênesis,
XXIV-29). E, no entanto, não só como vimos acima, seu tio o chama
IRMÃO, mas também quando Jacó se encontra com Raquel, que é filha
de Labão (GênesisXXIX-5
e 6), diz à moça que é IRMÃO de Labão: "E
lhe manifestou que eraIRMÃO
de
seu pai, filho de Rebeca
(Gênesis
XXIX-12). Lê-se no Levítico que Nadab
e Abiu,
FILHOS de
ARÃO (Levítico X-1) são mortos pôr castigo, pôr terem oferecido
um fogo estranho nos seus turíbulos. Moisés chama os primos dos que
faleceram: Misael e Elisafan,
FILHOS de
Oziel,
TIO DE ARÃO (Levítico X-4) e
lhes diz: ide, tirai vossos
IRMÃOS de
diante do santuário e levai-os para fora do campo
(Levítico X-4). Lê-se no livro de Paralipômenos que Eleazar e Cis
são filhos de Moholi: "FILHOS DE MOHOLI: Eleasar
e
Cis"(I
Paralipômenos
XXIII-21),
portanto Irmãos no verdadeiro sentido da palavra. Eleazar só teve
filhas e não filhos; as filhas dele se casaram com os filhos de Cis.
Espera-se que a Escritura diga: casaram-se com os filhos de Cis, que
eram seus primos; mas ela diz: com os filhos de Cis, seus IRMÃOS: "E
ELEAZAR MORREU E NÃO TEVE FILHOS, SENÃO FILHAS; E CASARAM COM OS
FILHOS DE CIS,
SEUS IRMÃOS (IParalipômenos,
XXIII-22).
É
dentro deste costume hebreu de designar com o nome de IRMÃOS, não
só os que têm os mesmos pais, senão também os parentes próximos
como tios, primos e sobrinhos, pois o hebraico não possuía palavras
próprias para designar esses parentescos, que o Novo Testamento fala
em IRMÃOS DE JESUS E É O próprio Novo Testamento QUE SE ENCARREGA
DE. DEMONSTRÄ-LO.
Querem ter a PROVA nossos amigos protestantes? Dá alguma vez o Evangelho os nomes desses irmãos de Jesus, para que possamos identificá-los? Sim, dá. Sabe-se dos nomes, pelo menos de 4: Tiago, José, Judas e Simão: "Não é este o oficial, filho de Maria, IRMÃO de TIAGO, de José, de JUDAS E de SIMAO? NÃO VIVEM AQUI ENTRE NOS TAMBÉM SUAS IRMÃS ? (Marcos,I-3). "Porventura não é este o filho do oficial? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos TIAGO, JOSÉ, SIMAO E JUDAS? E suas irmãs não vivem elas todas entre nós? (Mateus, XIII-55 e 56).
Querem ter a PROVA nossos amigos protestantes? Dá alguma vez o Evangelho os nomes desses irmãos de Jesus, para que possamos identificá-los? Sim, dá. Sabe-se dos nomes, pelo menos de 4: Tiago, José, Judas e Simão: "Não é este o oficial, filho de Maria, IRMÃO de TIAGO, de José, de JUDAS E de SIMAO? NÃO VIVEM AQUI ENTRE NOS TAMBÉM SUAS IRMÃS ? (Marcos,I-3). "Porventura não é este o filho do oficial? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos TIAGO, JOSÉ, SIMAO E JUDAS? E suas irmãs não vivem elas todas entre nós? (Mateus, XIII-55 e 56).
Pois
bem, este TIAGO que encabeça a lista é um Apóstolo, pois diz S.
Paulo na Epístola aos Gálatas: "E
dos outros
APÓSTOLOS não
vi a nenhum, senão a TIAGO,
IRMÃO DO SENHOR (Gálatas,
1-19). Quer dizer então que, segundo a opinião desses protestantes,
este Tiago Apóstolo era filho de Maria, mãe de Jesus; e de Maria e
de José, porque, como os próprios protestantes reconhecem, Maria
nunca teve filhos antes de seu casamento com José. E não se casou
com outro depois da morte de José, pois na hora da morte de Cristo,
ela está sozinha, sem marido e Cristo a entrega a S. João
Evangelista; além disto se Maria tivesse casado outra vez, seus
filhos estariam pequenos, não estariam em idade de ser Apóstolos".
Temos
2 Apóstolos com o nome de Tiago: Tiago Maior, e Tiago Menor. Vamos
ver se algum deles era filho de José com Maria.
S.
Tiago Maior era irmão de S. João Evangelista, e ambos FILHOS DE
ZEBEDEU: "Da
mesma sorte havia deixado atônitos a
TIAGO e a. JOÃO,FILHOS DB ZEBEDEU (Lucas V-IO).
S.
Tiago Menor, que era irmão de Judas, era filho de ALFEU. Entre os
Apóstolos, que são enumerados pôr S. Mateus, estão: Tiago
FILHO
DE ZEBEDEU, e
Tiago
FILHO DE ALFEU (Mateus
X-3). Que tem a ver Maria Santíssima com este Alfeu ou com este
Zebedeu? Logo, este Tiago, IRMÃO DO SENHOR, não é seu filho.
Além
disto, comparando-se os Evangelhos, se vê claramente que este Tiago
« este José que encabeçam a lista são PRIMOS de Jesus», e o
Tiago é o Apóstolo Tiago Menor. Enumerando as mulheres que estavam
juntamente com Maria ao pé da cruz, Mateus, Marcos e João as
identificam da seguinte maneira:
Mateus
XXVII- 56
|
Marcos
XV - 40
|
João
XIX - 25
|
Maria,
mãe de Tiago e de José;
|
Maria,
mãe de Tiago Menor e de José;
|
a
irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleofas
|
Maria
Madalena;
|
Maria
Madalena
|
Maria
Madalena
|
a
mãe dos filhos de Zebedeu.
|
Salomé
|
Por aí se vê que a mesma Maria que é apresentada por São João como tia de Jesus (Irmã de sua mãe) é apresentada por São Mateus e S. Marcos como mãe de TIAGO MENOR E de José. E é claro que não se trata de Maria Salomé, que é a mãe dos filhos de Zebedeu e, portanto, é mãe de Tiago Maior.
Tiago
Menor e José são, portanto, PRIMOS de Jesus e são os primeiros
que. encabeçam aquela lista: TIAGO, JOSÉ, JUDAS E SIMÃO. E de fato
o Apóstolo S. Judas Tadeu era irmão de S. Tiago Menor, pois ele diz
no começo de sua Epístola: "Judas,
servo de Jesus Cristo e
IRMÃO de
Tiago(vers.
l.). Tanto o Evangelho de S. Lucas (VI-16) como os Atos dos Apóstolos
(1-13) para diferenciarem Judas Tadeu de Judas Iscariotes, chamam a
Judas Tadeu: Judas, irmão de Tiago.
E
assim cai pôr terra fragorosamente a alegação dos protestantes de
que Maria teve outros filhos além do Divino Salvador, alegação
baseada em que o Evangelho fala em IRMÃOS DE JESUS. Não só
provamos que entre os hebreus se chamavam IRMÃOS os parentes
próximos, mas também mostramos que a lista dos nomes apresentados
como sendo destes IRMÃOS é logo encabeçada pôr DOIS PRIMOS,
Filhos da irmã da mãe de Jesus. Logo, não tem nenhum valor a
alegação. A única dificuldade, esta agora já sem importância,
que pode fazer o protestante é que Tiago Menor é filho de ALFEU, e
sua mãe é apresentada COMO MULHER DE CLEOFAS. Sem precisar recorrer
a nenhum argumento de tradição (porque talvez os protestantes não
gostem disto) temos que observar o seguinte:
l.°
— o texto original não diz MULHER DE CLEOFAS, mas diz
simplesmente: a
irmã de sua mãe, Miaria, a do Cleofas
(texto grego de João XIX-25); podia chamar-se Maria, a do Cleofas,
pôr causa do pai ou pôr outro qualquer motivo;
2.°
— não repugna que a mesma Maria se tenha casado com Alfeu e dele
tenha tido S. Tiago Menor, e depois se tenha casado com Cleofas e
tido outros filhos ou mesmo deixado de ter. Tiago é o único que é
apontado nos Evangelhos como filho deste Alfeu, pois o Alfeu, pai de
S. Mateus (Marcos
11-14) já deve ser outro;
3.°
— não repugna que o próprio Alfeu seja o mesmo Cleofas. É muito
comum nas Escrituras uma pessoa ser conhecida pôr 2 nomes diversos:
O sogro de Moisés é chamado Raguel (Êxodo
11-18 a 21) e logo depois é chamado Jetro (Êxodo,
III
- l). Gedeão, depois de ter derribado o altar de Baal é chamado
também Jerobaal (Juizes,
VI-32). Osias, rei de Judá, é chamado também Azarias (4 Reis,
XV-32; I Paralipômenos,
III-12). E no Novo Testamento o mesmo Mateus é chamado Levi: "Viu
um homem, que estava assentado no telônio, chamado Mateus
(Mateus,
IX-9) .
"Viu a Levi, filho de Alfeu, assentado no telônio (Marcos,
11-14). O mesmo que é chamado José é chamado Barsabas (Atos,
I, 23).
Ainda
hoje mesmo, entre nós, nas nossas localidades do interior
principalmente, é multo comum esta duplicidade de nomes.
Seja
Alfeu o mesmo Cleofas ou não seja. Isto pouco importa. 0 que é fato
é que Maria de Cleofas é Irmã de Maria, mãe de Jesus e é ao
mesmo tempo mãe de Tiago e de José, que são chamados IRMÃOS do
Senhor" (Lúcio Navarro,Legítima
Interpretação da Bíblia,
Campanha de Instrução religiosa, Brasil- Portugal, Recife, 1958 n0
400, pp.590 a 592 inclusive).
Fizemos
questão de copiar essa brilhante exposição de Lúcio Navarro,
porque ela não deixa margem a dúvida: Irmãos de Jesus eram primos
dEle, e não Irmãos de sangue. Logo, Maria Santíssima só teve um
Filho gerado nela por obra do Espírito Santo: Jesus Cristo, o Filho
de Deus feito homem. Maria
Santíssima foi sempre Virgem.
A
IGREJA SEMPRE ACREDITOU NA VIRGINDADE PERPÉTUA DA MÃE DE
DEUS
Respondida assim, e de modo brilhante, a mentira sacrílega dos protestantes, vejamos como toda a Tradição da Igreja sempre acreditou na Virgindade perpétua de Maria Santíssima.
Os
Padres da Igreja sempre defenderam a Virgindade perpétua de Nossa
Senhora. São Jerônimo, combatendo o herege Helvídio, que negava
blasfemamente a virgindade perpétua de Nossa Senhora, afirmou que a
unanimidade dos Santos Padres defendeu a virgindade perpétua da
Virgem Maria. (Santos Padres são os grandes santos e doutores,
discípulos dos Apóstolos, e os grandes Santos e Doutores dos
primeiros séculos do Cristianismo).
Santo Ambrósio escreveu:
Santo Ambrósio escreveu:
"Houve
quem negasse que Maria tivesse permanecido virgem. Desde muito temos
preferido não falar sobre este tão grande sacrilégio. Maria (...)
que é mestra da virgindade, (...) não podia acontecer que aquela
que em si tinha trazido Deus , resolvesse andar às voltas com um
homem. Nem José, varão justo, cairia nessa loucura de querer
misturar-se com a mãe do Senhor, em relação carnal".( De
Inst. Virg. I , 3).
Santo
Hilario de Poitiers defende a virgindade perpétua de Maria
Santíssima, e acusa os que dizem o contrário, de serem
irreligiosos. Santo Epifânio diz; "De onde vem esta
perversidade? De onde é que irrompeu tamanha audácia?
Porventura
o próprio nome não é suficiente atestado? Quem jamais houve, em
tempo algum, que ousasse proferir o nome de Maria e espontaneamente
não lhe acrescentasse a palavra virgem? O nome de Virgem foi dado a
Santa Maria, nem se mudará nunca, ela sempre permaneceu ilibada
(Panarion, Contra os hereges).
São
Jerônimo disse contra o herege Helvídio que citamos, que assim como
um homem havia queimado o templo da deusa Diana em Éfeso só para
ser conhecido assim fizera Helvídio com a Virgindade de Maria
Santíssima: "Tu incendiaste o templo do corpo do Senhor.
Contaminaste o santuário do Espírito Santo do qual pretendes ter
saído uma quadra de irmãos e um montão de irmãs. Argumentas com o
que dizem os judeus: "Por
ventura não é este o filho do carpinteiro? Não se chama Maria a
sua mãe e seus irmãos Tiago e José, e Simão, e Judas? E suas
irmãs, não vivem elas todas entre nos? (Mt.
XIII, 55-56)."Todas",
só se diz de uma multidão. Pergunto: quem te ensinou semelhante
blasfêmia? Quem é que te levava em conta? Mas agora conseguiste o
que tu querias: tu te tronaste famoso no crime. "( Adverssus
helvidius).
E Santo Efrém escreveu: "Ó Virgem Senhora, Imaculada deípara (geradora de Deus), senhora minha gloriosíssima, mais sublime que os céus, muito mais pura que os esplendores, raios e fulgores solares... Vara de Aarão que germina, pareceste como verdadeira vara e a flor foi o teu Filho verdadeiro, nosso Cristo Deus e Criador meu. Tu, segundo a carne, geraste Aquele que é Deus e Verbo, conservando a virgindade antes do parto, virgem depois do parto, e fomos reconciliados com Deus teu filho". Santo Agostinho, por sua vez exclamou:
"Virgem que concebe, virgem que dá à luz, virgem grávida, virgem que traz o feto, Virgem perpétua"(Santo Agostinho, Sermones, CLXXXVI, 1, 1).
E Santo Efrém escreveu: "Ó Virgem Senhora, Imaculada deípara (geradora de Deus), senhora minha gloriosíssima, mais sublime que os céus, muito mais pura que os esplendores, raios e fulgores solares... Vara de Aarão que germina, pareceste como verdadeira vara e a flor foi o teu Filho verdadeiro, nosso Cristo Deus e Criador meu. Tu, segundo a carne, geraste Aquele que é Deus e Verbo, conservando a virgindade antes do parto, virgem depois do parto, e fomos reconciliados com Deus teu filho". Santo Agostinho, por sua vez exclamou:
"Virgem que concebe, virgem que dá à luz, virgem grávida, virgem que traz o feto, Virgem perpétua"(Santo Agostinho, Sermones, CLXXXVI, 1, 1).
Já
no Credo, ou Símbolo da Fé, de santo Epifânio, que é do século
IV, se proclama a virgindade perpétua de Maria Santísima, dizendo
esse Credo que Cristo "foi
gerado por Maria sempre virgem"( Cfr.
Denziger, 17).
A
mesma fé é repetida pelo Concílio de Toledo, no ano 400. ( Cfr.
Denziger, 20).
São Sirício, Papa entre os anos 384 e 398, escreveu uma carta a Anisio, Bispo de Tessalônica, dizendo: "Em verdade, não podemos negar haver sido com justiça repreendido aquele que fala dos filhos de Maria, e com razão sentiu horror vossa santidade de que do mesmo ventre virginal do qual nasceu, segundo a carne, Cristo, pudesse ter saído outro parto. Porque não teria escolhido o Senhor Jesus nascer de uma Virgem, se tivesse julgado que esta teria de ser tão incontinente que, com sêmen de união humana, haveria de manchar o seio onde se formou o corpo do Senhor, aquele seio, palácio do rei eterno. Porque aquele que afirma isto, não afirma outra coisa do que a perfídia judaica daqueles que dizem que não pode nascer de uma Virgem. Porque, aceitando a autoridade dos sacerdotes, porém sem deixar de opinar que Maria teve muitos partos, com mais empenho pretendem combater a verdade da Fé"( S. Sirício, Papa, Carta a Anísio, Bispo de Tessalônica, em 392. Denzinger, 91).
E o Concílio de Éfeso ao condenar o herege Nestório que negava a maternidade divina de Nossa Senhora declarou: "Canon 1: Se alguém não confessa que Deus é conforme a verdade o Emanuel, e que por isso a Santa Virgem é a mãe de Deus (pois deu à luz carnalmente ao Verbo de Deus feito carne) seja anátema.( Concílio de Éfeso,Anatematismos e e capitulo de Cirilo contra Nestório, em 431. Denzinger 113). São Leão Magno, Papa entre 440 -461, condenando o herege Eutiques, chefe dos monofisitas, escreveu de modo tão elevado sobre esse tema, que não tememos alongar nosso texto com a longa citação dele, pois que a beleza do estilo alivia a leitura, e a verdade afirmada da Virgindade de Nossa Senhora nos confirma na Fé: "Entra, pois, nestas fraquezas do mundo o Filho de Deus, baixando de seu trono celeste, porém não se afastando da glória do Pai, gerado por nova ordem, por novo nascimento. "Por nova ordem: porque invisível no que é seu, , se tornou visível no nosso, incompreensível, quis ser compreendido; permanecendo antes do tempo, começou a ser no tempo; Senhor do universo, tomou a forma de escravo, obscurecida a imensidade de sua majestade;Deus impassível, não desdenhou de ser homem passível, e imortal, submeter-se à lei da morte. E por novo nascimento gerado: porque a virgindade inviolada ignorou a concupiscência, e subministrou a matéria da carne.
São Sirício, Papa entre os anos 384 e 398, escreveu uma carta a Anisio, Bispo de Tessalônica, dizendo: "Em verdade, não podemos negar haver sido com justiça repreendido aquele que fala dos filhos de Maria, e com razão sentiu horror vossa santidade de que do mesmo ventre virginal do qual nasceu, segundo a carne, Cristo, pudesse ter saído outro parto. Porque não teria escolhido o Senhor Jesus nascer de uma Virgem, se tivesse julgado que esta teria de ser tão incontinente que, com sêmen de união humana, haveria de manchar o seio onde se formou o corpo do Senhor, aquele seio, palácio do rei eterno. Porque aquele que afirma isto, não afirma outra coisa do que a perfídia judaica daqueles que dizem que não pode nascer de uma Virgem. Porque, aceitando a autoridade dos sacerdotes, porém sem deixar de opinar que Maria teve muitos partos, com mais empenho pretendem combater a verdade da Fé"( S. Sirício, Papa, Carta a Anísio, Bispo de Tessalônica, em 392. Denzinger, 91).
E o Concílio de Éfeso ao condenar o herege Nestório que negava a maternidade divina de Nossa Senhora declarou: "Canon 1: Se alguém não confessa que Deus é conforme a verdade o Emanuel, e que por isso a Santa Virgem é a mãe de Deus (pois deu à luz carnalmente ao Verbo de Deus feito carne) seja anátema.( Concílio de Éfeso,Anatematismos e e capitulo de Cirilo contra Nestório, em 431. Denzinger 113). São Leão Magno, Papa entre 440 -461, condenando o herege Eutiques, chefe dos monofisitas, escreveu de modo tão elevado sobre esse tema, que não tememos alongar nosso texto com a longa citação dele, pois que a beleza do estilo alivia a leitura, e a verdade afirmada da Virgindade de Nossa Senhora nos confirma na Fé: "Entra, pois, nestas fraquezas do mundo o Filho de Deus, baixando de seu trono celeste, porém não se afastando da glória do Pai, gerado por nova ordem, por novo nascimento. "Por nova ordem: porque invisível no que é seu, , se tornou visível no nosso, incompreensível, quis ser compreendido; permanecendo antes do tempo, começou a ser no tempo; Senhor do universo, tomou a forma de escravo, obscurecida a imensidade de sua majestade;Deus impassível, não desdenhou de ser homem passível, e imortal, submeter-se à lei da morte. E por novo nascimento gerado: porque a virgindade inviolada ignorou a concupiscência, e subministrou a matéria da carne.
Tomada
foi da mãe do Senhor a natureza, mas não a culpa; e no Senhor Jesus
Cristo, gerado
no seio da Virgem,
não por ser o nascimento maravilhoso, é a sua natureza distinta da
nossa" ( São Leão Magno, Papa, Carta
Dogmática Lectis dilectionis tuae-- Tomo a Flaviano
- Contra Eutiques, em 449. Denzinger, 144).
O II Concílio de Constantinopla de 523, V Concílio Ecumênico, decidiu em seus anatematismos sobre os chamados "três capítulos": "Canon 9 : Se alguém não confessa que há dois nascimentos de Deus Verbo, um, do Pai, antes de todos os séculos, sem tempo e incorporalmente; outro nos últimos dias , quando o mesmo, quando Ele mesmo baixou dos céus, e se encarnou da santa gloriosa mãe de Deus e sempre Virgem Maria, e nasceu dela ; esse tal seja anátema. ( II Concílio de Constantinopla, V ecumênico, canon 9. Denzinger, 214).
O II Concílio de Constantinopla de 523, V Concílio Ecumênico, decidiu em seus anatematismos sobre os chamados "três capítulos": "Canon 9 : Se alguém não confessa que há dois nascimentos de Deus Verbo, um, do Pai, antes de todos os séculos, sem tempo e incorporalmente; outro nos últimos dias , quando o mesmo, quando Ele mesmo baixou dos céus, e se encarnou da santa gloriosa mãe de Deus e sempre Virgem Maria, e nasceu dela ; esse tal seja anátema. ( II Concílio de Constantinopla, V ecumênico, canon 9. Denzinger, 214).
Repare
, prezada Rosângela como, desde os primeiros tempos da Igreja, se
cultuava a Nossa Senhora, coisa que os protestantes negam estes
documentos servem para mostrar como os autointitulados evangélicos
estão errados sobre o culto à sempre Virgem Maria. No Concílio de
Latrão de 649, se voltou a excomungar quem não confessasse que
Cristo não nasceu da sempre
Virgem
Maria:
"Canon 2 : Se alguém não confessa, de acordo com os santos padres, propriamente e conforme à verdade que o mesmo Deus Verbo, uno da santa, consubstancial, e veneranda Trindade, desceu do céu e se encarnou por obra do Espírito Santo e de Maria sempre virgem, e se fez homem, (...) seja condenado"( Concílio de Latrão -- 649, cânon 2. Denzinger, 255). E o cânon 3 desse mesmo Concílio assim reza: "Se alguém não confessa , de acordo com os Santos Padres, propriamente e conforme a verdade por mãe de Deus a santa e sempre Virgem Maria como queira que concebeu nos últimos tempos sem sêmen por obra do espírito Santo ao mesmo Deus Verbo própria e verdadeiramente, que antes de todos os séculos nasceu de Deus Pai, e incorruptivelmente o gerou, permanecendo ela, mesmo depois do parto, em sua virgindade indissolúvel, seja condenado "(Concílio de Latrão -- 649, cânon 3. Denzinger , 255). A mesma coisa foi ensinada pelo Concílio de Toledo, em 675, e pelo III Concílio de Constantinopla, em 680-681. O Concílio de roam de 993, aprovado pelo Papa João IV proclamou, mais um vez , que Cristo se encarnou por obra do Espírito Santo e "nasceu de Maria sempre Virgem"( cfr. Denzinger , 344).
Em 1215, o IV Concílio de Latrão, XII Concílio Ecumênico, convocado para condenara Gnose dos cátaros repete a mesma lição: Cristo nasceu da "sempreVirgem Maria" (Cfr. Denzinger, 429). No II Concílio de Lyon, Manuel Paleólogo foi obrigado a professar que "o Filho de Deus, Verbo de Deus, eternamente nascido do pai, consubstancial.coonipotente e igual em tudo ao Paina divindade, nasceu temporalmente so Espírito Santo e de Maria sempre Virgem"( Cfr. Denzinger, 462). A mesma doutrina foi ensinada , mais uma vez, na Bula Cantate Domino de 1441 contra os jacobitas( Cfr. Demzinger, 708).
Sixto IV, em 1483 condenou aqueles que negavam a Imaculada Conceição de Maria Virgem ( Cfr. Denzinger, 735). Pio IV condenou energicamente os erros dos Unitários pela Constituição apostólica Cum Quorundam, de 1556. Entre os erros condenados estava a negação de que Cristo não foi concebido pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, mas que teria sido concebido nela por José. (Cfr. Denzinger, 993). Todos esse documentos da Igreja demonstram que sempre se acreditou entre os católicos que Nossa Senhora foi sempre Virgem.
"Canon 2 : Se alguém não confessa, de acordo com os santos padres, propriamente e conforme à verdade que o mesmo Deus Verbo, uno da santa, consubstancial, e veneranda Trindade, desceu do céu e se encarnou por obra do Espírito Santo e de Maria sempre virgem, e se fez homem, (...) seja condenado"( Concílio de Latrão -- 649, cânon 2. Denzinger, 255). E o cânon 3 desse mesmo Concílio assim reza: "Se alguém não confessa , de acordo com os Santos Padres, propriamente e conforme a verdade por mãe de Deus a santa e sempre Virgem Maria como queira que concebeu nos últimos tempos sem sêmen por obra do espírito Santo ao mesmo Deus Verbo própria e verdadeiramente, que antes de todos os séculos nasceu de Deus Pai, e incorruptivelmente o gerou, permanecendo ela, mesmo depois do parto, em sua virgindade indissolúvel, seja condenado "(Concílio de Latrão -- 649, cânon 3. Denzinger , 255). A mesma coisa foi ensinada pelo Concílio de Toledo, em 675, e pelo III Concílio de Constantinopla, em 680-681. O Concílio de roam de 993, aprovado pelo Papa João IV proclamou, mais um vez , que Cristo se encarnou por obra do Espírito Santo e "nasceu de Maria sempre Virgem"( cfr. Denzinger , 344).
Em 1215, o IV Concílio de Latrão, XII Concílio Ecumênico, convocado para condenara Gnose dos cátaros repete a mesma lição: Cristo nasceu da "sempreVirgem Maria" (Cfr. Denzinger, 429). No II Concílio de Lyon, Manuel Paleólogo foi obrigado a professar que "o Filho de Deus, Verbo de Deus, eternamente nascido do pai, consubstancial.coonipotente e igual em tudo ao Paina divindade, nasceu temporalmente so Espírito Santo e de Maria sempre Virgem"( Cfr. Denzinger, 462). A mesma doutrina foi ensinada , mais uma vez, na Bula Cantate Domino de 1441 contra os jacobitas( Cfr. Demzinger, 708).
Sixto IV, em 1483 condenou aqueles que negavam a Imaculada Conceição de Maria Virgem ( Cfr. Denzinger, 735). Pio IV condenou energicamente os erros dos Unitários pela Constituição apostólica Cum Quorundam, de 1556. Entre os erros condenados estava a negação de que Cristo não foi concebido pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, mas que teria sido concebido nela por José. (Cfr. Denzinger, 993). Todos esse documentos da Igreja demonstram que sempre se acreditou entre os católicos que Nossa Senhora foi sempre Virgem.
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