Falo
a você que crê que Jesus salva e que ele já levou bilhões de
pessoas para o céu. Levou também, Maria, sua santa mãe. Se alguma
religião ensinasse que ele ainda não conseguiu levar nem a própria
mãe, tal religião estaria negando, ou o poder intercessor de Jesus
e o valor da sua vitória sobre a morte, ou a santidade e a pureza de
Maria.
Nem
eu nem você sabemos como era Maria. Então temos que imaginar como
era em Nazaré e como é hoje no céu. E é bem aí que precisamos
tomar cuidado com a nossa imaginação. Não podemos colocar Maria
nem acima, nem abaixo do lugar dela no Reino de Deus. Não podemos
imaginá-la nem além, nem aquém do que a nossa Igreja ensina Não
podemos inventar recados que ela não deu, palavras que ela não
disse nem diria, aparições que não aconteceram. Videntes erram e,
não poucas vezes, também.os sacerdotes que os aconselham. Alguém
pode amar muito a Jesus e a sua mãe e, levado pelo entusiasmo, criar
visões que não aconteceram. Muita gente já fez isso, para depois
admitir que estava iludida. Não era a mãe de Jesus. A Igreja
percebeu que era engano desse ou dessa fiel.
Por
isso , se você garante que a vê e que ela lhe fala e, se a ama de
verdade, não dê nenhum recado que acha que ouviu dela, sem primeiro
consultar mais de um sacerdote. De preferência ouça um do seu grupo
e outro de fora. O fato é tão sério que convém ouvir ainda um
terceiro, indicado pelo bispo da diocese. Que os três tenham uma boa
bagagem teológica e uma boa experiência pastoral. Não devem ser
muito jovens. Se, de quebra, puder conversar com um psicólogo
católico, faça isso.
Porque
dou este conselho? Porque tenho lido, visto e ouvido muita gente dar
recados em nome de Maria, sem o conhecimento dos sacerdotes e dos
bispos. A grande maioria sabe pouco de bíblia, de catecismo e de
História da Igreja. Talvez por isso ande repetindo o que a Igreja já
condenou e questionou no passado.
Nós,
católicos, temos dezenas de escritos oficiais sobre Maria e o seu
papel na nossa Igreja e no cristianismo. Mas temos também,
circulando entre o povo milhares de folhetos e panfletos de irmãos e
irmãs que dizem que Maria mandou publicar aquilo. Se não estão
brincando de videntes e parecem assim tão certos de estarem ouvindo
Maria, então que se deixem analisar por gente tão ou mais séria do
que eles, que também não estão brincando de ser bispo, teólogo ou
pároco! Imaginemos Maria , sim, mas aceitando os limites propostos
pela nossa Igreja e pelo Santo Livro. Você tem ouvido ultimamente
algumas pregações sobre Maria? Alguns a diminuem e outros a
super-exaltam. E tudo o que ela quer é o respeito que certamente ela
merece. Que tal lermos o que a Igreja disse sobre ela desde l950?
Pelo menos é um discurso mais atual! Entre as palavras de um piedoso
livro do século XVI e as do Vaticano II, mais as dos papas do século
XX qual delas você divulgaria? Ou aquilo tudo foi pensado e escrito
para depois agirmos como se nada tivesse sido dito sobre Maria nos
últimos 50 anos?
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