De
certo modo, Maria
praticou a sua fé eucarística ainda antes de ser instituída a
Eucaristia,
quando ofereceu o seu ventre virginal para a encarnação do Verbo de
Deus. A Eucaristia, ao mesmo tempo que evoca a paixão e a
ressurreição, coloca-se no prolongamento da encarnação. E Maria,
na anunciação, concebeu o Filho divino também na realidade física
do corpo e do sangue, em certa medida antecipando n’Ela o que se
realiza sacramentalmente em cada crente quando recebe, no sinal do
pão e do vinho, o corpo e o sangue do Senhor.
Existe,
pois, uma profunda analogia entre o fiat pronunciado por Maria, em
resposta às palavras do Anjo, e o amen que cada fiel pronuncia
quando recebe o corpo do Senhor. A Maria foi-Lhe pedido para
acreditar que Aquele que Ela concebia « por obra do Espírito Santo
» era o « Filho de Deus » (cf. Lc 1, 30-35). Dando continuidade à
fé da Virgem Santa, no mistério eucarístico é-nos pedido para
crer que aquele mesmo Jesus, Filho de Deus e Filho de Maria, Se torna
presente nos sinais do pão e do vinho com todo o seu ser
humano-divino.
João Paulo II
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