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quinta-feira, 14 de julho de 2016

Reflexão do dia...

“OUVIR A VOZ DE DEUS É FAZER O PAPEL DE UM FILHO OBEDIENTE QUE ESTÁ SEMPRE PRONTO A SERVIR O SEU BONDOSO DEUS PAI, QUE LHE AMA COM AMOR INFINITO.”


Fabio Luiz da Rosa

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Pedir em nome de Maria...


Uma coisa é dizer que tudo nos vem por Maria e outra coisa dizer que muitas graças no vêm através da prece de Maria. Se eu oro por você ao Pai em nome de Jesus, ou a Jesus diretamente e você me diz que recebeu a graça, não estou errado ao dizer que, por minha intercessão junto a Jesus, você recebeu aquela graça. Senão, que sentido teria os pais orarem pelos filhos ou os padres e pastores orarem por seus fiéis? Não é intercessão? Se nós intercedemos o tempo todo uns pelos outros, porque negar que Maria faça o mesmo a quem pede sua ajuda? Seria a prece dela menor do que a dos padres e pastores?
Eu já fui de falar primeiro com Maria e só depois com seu filho. Agora, faço o que sinto vontade de fazer. Muitas vezes falo direto com Jesus. Outras, com a mãe dele. Quando falo com Maria, peço a ela que fale comigo a Jesus e interceda comigo e por mim. Se ela falar direto ao Pai, vai usar o nome do Filho dela, como eu faço quando falo com o Pai. Mas sei que a oração de Maria é incomparavelmente mais pura do que a minha. É claro que quero a ajuda dela. Se aceito a ajuda dos padres e reverendos que dizem orar por mim, porque não aceitaria a de Maria que creio estar salva e viva na outra dimensão do existir, dimensão que chamamos de céu?
Não acho que Maria se magoe, por falarmos ao seu Filho sem recorrer a ela. É tudo que ela quer! Que alemos com seu Filho! Quando nossa Igreja diz que Maria é “medianeira de graças” ( o Catecismo não tem a palavra “todas”) nossa Igreja não está dizendo que Deus Pai que age através de Jesus só atenderá nossas preces, se elas também passarem por Maria. Isso a Igreja nunca disse!
O que a Igreja diz é que, se quisermos pedir, qualquer graça, qualquer que seja o pedido, podemos pedir por Maria, porque ela pedirá conosco e levará tudo a Jesus. Não há graça que Maria não peça conosco! A Igreja sugere, inclusive, que os católicos usem o santo nome de Maria nas suas orações, mas sem esquecer que o nome que salva é o de Jesus. Não usamos os nomes de amigos e de outras pessoas quando pedimos algum favor de alguém que as conhece? Se soubermos usar o nome certo do jeito certo, porque não? Desde que saibamos que o poder e foi dado a Jesus e ele o delega a quem ele quiser (Mt 13,11), não erraremos. Jesus deu poder aos apóstolos, desde que se reunissem no seu nome ou que usassem seu nome. ( Mt 18,20, Jo 14,13)
Na Bíblia há centenas de passagens em que se usa o nome de profetas e servos de Deus durante as orações (1 Re 13,6 ). Reis pediam aos profetas que orassem por eles. Nós cristãos usamos o nome de Jesus porque não há nenhum nome maior do que este para nós. ( Fl 2,9 ) Mas não está proibido usar nomes menores. O de Maria é menor que o de Jesus, mas é bem maior do que o nosso. Estava certa aquela senhora que orava:
-“ Pai, falo com o senhor em nome de Jesus”
-“ Jesus, falo com o senhor em nome de Maria”
-“ Maria, falo com senhora pedindo que me ajude a falar com Jesus, porque de falar com ele a senhora entende mais do que eu “

Estava orando a Maria do jeito certo !
MARIA: MEDIANEIRA JUNTO A JESUS
Posso falar diretamente com Jesus sem procurar nenhum mediador. Mas posso pedir ao padre Pedro que ore comigo e por mim. E posso pedir ao pastor Jaime que faça o mesmo. Posso usar de sua intercessão enquanto eu mesmo falo com Jesus. Melhor para mim que tenho mais duas pessoas orando por mim e comigo! Se não desprezo a intercessão dos homens piedosos deste mundo porque faria pouco caso da intercessão da Mãe do Cristo que está no céu com seu Filho?
O pregador evangélico que dizia que não precisava de nenhuma outra intercessora junto a Deus, porque já tinha Jesus, o santo, estava querendo marcar um ponto contra os católicos, mas marcou contra si mesmo. No mesmo programa de rádio. minutos depois ofereceu-se para orar pelos seus fiéis. Se ele podia ser intercessor junto a Deus em nome de Jesus, porque a mãe de Jesus não pode? Ou será que ele é dos que pregam que Maria está morta e ainda não foi para o céu? Neste caso, onde ele espera ir quando morrer? Se a mãe de Jesus ainda está esperando e, por isso, não pode orar, onde estão todos os fiéis da sua Igreja? Os vivos têm mais poder do que os que morreram em Jesus? Os fiéis da Terra têm mais poder do que os fiéis do céu? Não há ninguém no céu? E onde estão todos os piedosos cristãos que morreram nestes 20 séculos? Onde está o ladrão a quem Jesus disse que naquele mesmo dia estaria no paraíso? Céu é uma coisa e paraíso é outra?
Uma questão suscita outra quando afirmamos que só nós podemos orar pelos outros e que os que morreram em Jesus não podem. Ficamos com um trecho da Bíblia que dá a entender que os mortos não podem fazer nada pelos vivos e ignoramos os outros que dizem que é bom orar e fazer oferendas em favor dos mortos? Ignoramos passagens que mostram que Moisés e Elias estavam vivos em Deus e oravam com Jesus? Então, se a Bíblia merece crédito no que afirma, e eles apostam nisso, existe gente viva e orando no céu. É lá que Maria está. Se Moisés e Elias estão no céu e oram, então Maria a mãe do Cristo também está e ora. Não parece natural e lógico que Jesus tenha levado sua mãe para o céu?
A catequese sobre Maria é bem clara na Igreja. O único mediador junto ao Pai é Jesus. Mas Maria também intercede, só que age como alguém que depende. Ela faz o que qualquer cristão pode fazer, só que faz melhor: intercede por nós a Jesus, ou ao Pai em nome de Jesus. Foi o que Jesus mandou seus discípulos fazerem no Pai Nosso (Mt 6,9 ) e em (Jo 14, 13-15 ) Mas deixou claro que quem usasse seu nome de maneira errada teria que responder pelo desrespeito ( Mt 7,22)
A fé em Jesus, se for pura e sincera, purifica o nosso trato com Maria. A fé em Maria, se for pura, acaba levando a Jesus, de tal maneira que nosso viver passa a ser Ele. ( Gl 2,20 ) Se no céu se batesse palmas é isso o que ela faria ao cristão que a saúda respeitosamente, mas vai falar horas e horas com seu filho. Que mãe não gostaria disso?
Quando alguém diz que Jesus é o único mediador junto ao Pai está dizendo que ele é a única autoridade para isso. Mas não está negando aos seus discípulos o direito de serem mediadores com Jesus. Senão, por que é que ele iria ensinar, no Pai Nosso, que devemos nos dirigir diretamente ao Pai e que deveríamos usar seu nome e orar uns pelos outros?
Se Jesus manda interceder é porque podemos também nós ser intercessores. Então, também somos mediadores com ele. É claro que não tão plenos como Ele, mas sempre depois dele e por causa dele, da mesma forma que somos filhos por causa dele. Se podemos nos proclamar filhos de Deus por causa de Jesus, o Filho, podemos ser intercessores uns pelos outros por causa de Jesus o intercessor. Não é isso que fazem as igrejas cristãs quando incentivam que oremos e intercedamos uns pelos outros em nome do intercessor maior que é Jesus?
Quando os católicos chamam Maria de intercessora estão seguindo a mesma lógica . Continuo perguntando… Se padre e pastor podem, porque Maria não poderia interceder? Se nas missas e cultos intercedemos a Jesus pelos nossos doentes e pedimos a ele que nos conceda o que pedimos, por que não pedir a outros discípulos já no céu, que orem junto? E por que excluir Maria? Perguntas de um coração católico!
Pe. Zezinho scj

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Pensamento do Dia

a cruz


Certo jovem carregava sua cruz em meio a multidão...

Depois de algum tempo sentindo o peso da cruz,
o jovem parou  e disse:

Senhor, está muito pesada! Posso cortar um pedaço?

Depois de cortar um pedaço da cruz o jovem se sentiu mais aliviado e continuou seu caminho feliz a cantarolar.

Mas seu contentamento durou pouco tempo... e mais uma vez murmurou:

Senhor, minha cruz está muito pesada...

Vou cortar  só mais um pedacinho, assim ficará mais fácil carregá-la!

Depois de cortar novamente a cruz o rapaz continuou sua caminhada feliz a cantar

Ele observava e não entendia o sofrimento daqueles que carregavam suas próprias cruzes sem reclamar. Mais isso não o preocupava, pois agora sua cruz estava mais leve e ele mais determinado.

Em pouco tempo estava quase no final do caminho! Havia  apenas um abismo para atravessar.. isso não era problema...

Hum!

Ele iria fazer como os demais ia usar sua cruz como ponte.

E... Ah... Senhor ! A   minha cruz...

É muito pequena não posso atravessar.

Nada nesta vida é por acaso!
Muitas vezes queremos nos livrar da cruz que nos é dada.
mais tudo tem um  para quê e um por quê...
Deus nunca nos manda algo que não podemos suportar..
E se formos abreviar estes caminhos, certamente teremos problema!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Por amor a Jesus, ter uma vida de oração



ORAO_1~1
A atividade mais importante para a vida é a oração. Não há nada mais necessário do que conversar com Deus.
Jesus gostava tanto de conversar com o Pai que passava noites inteiras nesse colóquio no alto dos montes da Galileia (cf. Mt 6,9).
“É necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18,1); “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41);“Pedi e se vos dará.” (Mt 7,7).
Jesus nos deu o exemplo:
“Entretanto espalhava mais e mais a sua fama, e concorriam grandes multidões para o ouvir e ser curadas das suas enfermidades. Mas ele costumava retirar-se a lugares solitários para orar.” (Lc 5,15-16).
Orar é uma ordem, um mandamento do Senhor. Sem oração, nenhum de nós fica de pé espiritualmente e ninguém consegue fazer a vontade de Deus. A razão é muito clara: “Porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15,5).
Jesus deixou claro: esse “nada” indica que, por nós mesmos, não conseguiremos fazer o bem e, pior ainda, evitar o mal. São Paulo insistiu:
“É Deus que opera tudo em todos.” (1Cor 12,6).
São Tomás de Aquino disse que todas as graças que o Senhor, desde a eternidade, determinou conceder-nos, não as quer concedera não ser por meio da oração. “A oração é necessária”, disse o santo, “não para que Deus conheça as nossas necessidades, mas para que fiquemos conhecendo a necessidade que temos de recorrer a Deus, reconhecendo-O como o único autor de todos os bens.”
Quando o Senhor manda: “Pedi e se vos dará. Buscai e achareis” (Mt 7,7), no fundo, Ele deseja que reconheçamos que só Ele é o autor dos nossos bens e que, portanto, devemos só a Ele recorrer. É por isso que desagradamos profundamente a Deus todas as vezes que buscamos socorro fora Dele, especialmente nas práticas idolátricas, adivinhação, invocação dos mortos, horóscopo – e em outras práticas, sendo infiéis a Deus.
Toda a tradição da Igreja e as Escrituras condenam toda e qualquer busca de poder fora de Deus, por ser exatamente essa a característica do paganismo (cf. 1 Cor 10,20; Dt 18,10-13).
Por outro lado, aquele que ora, manifesta confiança em Deus, como o salmista disse: “Confia ao Senhor a tua sorte, espera nele: e ele agirá.” (Sl 36,5).
O velho Tobias afirmava: “Pede-lhe que dirija os teus passos, de modo que os teus planos estejam sempre de acordo com a sua vontade.” (Tb 4,20).
Feliz o cristão que adquiriu o hábito de conversar, coração a coração, familiarmente, com Deus. Isso é orar, falar com Deus coração a coração, em todas as circunstâncias.
Deus quer que conversemos com Ele, diz Santo Afonso de Ligório, e quer ser tratado como amigo íntimo. Ninguém nos ama tanto como Ele e até as nossas pequenas coisas Lhe interessam.
É preciso ser transparente diante do Senhor, abrindo-Lhe o coração com toda a liberdade e confiança. Diz o livro da Sabedoria que “Deus antecipa-se e dá-se a conhecer aos que O desejam.” (Sb 6,13).
São Paulo expressou tudo isso em poucas palavras:
“Vivei sempre contentes. Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo.” (1Ts 5,16,18).
Podemos e devemos, assim, conversar com Deus em todas as ocasiões: na alegria e na dor, na penúria e na fartura, na saúde e na doença, pedindo, agradecendo, louvando, bendizendo, cantando…
Podemos orar quando estamos no carro, na bicicleta, na cozinha, no silêncio do quarto, na rua… E Deus estará sempre acolhendo nossa oração e nos respondendo. Nenhuma oração feita com o coração fica sem resposta.
Enfim, a oração é a força do homem, é o caminho mais simples para receber os dons de Deus. Sem oração não há vitória no trabalho para Deus.
Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja, viveu 91 anos. Escreveu mais de cem livros e disse que, se em toda a sua vida tivesse de fazer uma só pregação, essa seria sobre a oração.
Sem oração é impossível caminhar na fé e fazer a vontade de Deus. Ela é a nossa força; por ela os santos chegaram à santidade; e, sem ela ninguém experimentará a glória e o poder de Deus.
A oração é para a alma o que o ar é para o corpo. Uma alma que não reza é uma alma que não respira; não tem vida. Ninguém pode servir a Deus sem muita oração, pela simples razão de que é Ele, e somente Ele, que realiza todas as coisas; nós somos apenas seus instrumentos.
Quanto mais comungamos com Ele pela oração, mais nos tornamos um instrumento útil em suas santas mãos. É uma grande ilusão querer fazer algo por Deus e para Deus, sem rezar.
Esta é a maior tentação que sofremos: rezar pouco, não rezar ou rezar mal. A oração pode mudar todas as coisas; pois, o próprio Anjo Gabriel disse à Maria: “Para Deus nada é impossível.” (Lc 1,37).
“Tudo é possível ao que crê” (Mc 9,23), nos garantiu o Senhor.
“Tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido, e ser-vos-á dado.” (Mc 11,24).
São Paulo recomenda com insistência: “Orai em todo o tempo”(Ef 6,18), “perseverai na oração” (Col 4,2), “orai sempre e em todo o lugar.” (1Tim 2,8).
“Antes de tudo recomendo que se façam súplicas, orações, petições, ações de graças por todos os homens (…)” (1Tim 2,1).
E São Pedro nos adverte:
“Lançai em Deus todas as vossas preocupações porque Ele tem cuidado de vós.” (1Pe 5,7).
O Papa Paulo VI disse certa vez:
“Quando consideramos as mais verdadeiras, mais profundas e, ao mesmo tempo, mais negligenciadas necessidades dos homens do nosso tempo, não podemos deixar de concluir pelo primado da oração no campo da atividade multiforme da Igreja.”
“A Igreja é a sociedade dos homens que oram. Seu principal objetivo é ensinar a rezar.”
“A Igreja proclama a identidade entre a oração e a caridade; afirma Bossuet: É certo que não existe senão a caridade que ora.”(L’Osservatore Romano, 21/07/1966).
O grande pregador de Notre Dame de Paris, Padre De Ravignân S.J., dizia:
“Meus queridos amigos, acreditem-me, depois da experiência de 30 anos de ministério, eu sinto o dever de notificar e testemunhar o seguinte:
Todas as defecções e todas as deficiências; todas as misérias e todas as falhas; todas as quedas assim como os passos mais horríveis fora do caminho reto, tudo isto deriva de uma única fonte: falta de constância na oração.
Vivam uma vida de oração; aprendam a transformar qualquer coisa na oração, quer os sofrimentos, quer as dores e qualquer tipo de tentação.
Rezem na calma e na tempestade, rezem à noite como ao longo do dia, rezem indo e voltando, rezem embora se sintam cansados e distraídos.
Rezem também a contragosto e peçam a Jesus que agoniza no Jardim das Oliveiras e no Calvário aquela força e aquela coragem de rezar que Ele nos mereceu com suas dores e seu sangue.
Rezem, porque a oração é a força que salva, a coragem que dá a perseverança, a mística ponte lançada por Deus sobre o abismo que separa a alma de Deus.”
Para os pregadores Santo Agostinho recomendava:
“Ser orante, antes de ser orador.”
“Falar com Deus, mais do que falar de Deus.”
Prof. Felipe Aquino

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Virgindade Perpétua de Nossa Senhora



Jesus Cristo é o Verbo de Deus, isto é, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Filho de Deus. Para entender estas expressões em seu sentido correto. O Filho Unigênito de Deus se encarnou, no tempo, no seio da Virgem Maria, por obra do Espírito Santo. Era extremamente conveniente que Cristo fosse concebido de modo virginal, porque, ele devia nascer como qualquer homem, se não se negaria a sua humanidade. Mas Ele devia ser concebido miraculosamente, para que se compreendesse que Ele era Deus. Cristo nasceu de uma mulher, para provar que era homem. Nasceu de uma Virgem, para ficar claro que Ele era Deus. Por isso é que o Profeta Isaías, séculos antes, anunciou que "Pois por isso, o mesmo Senhor vos dará este sinal: uma Virgem conceberá e dará à luz a um filho, e o seu nome será Emanuel" (Is. VII , 14). Que Nossa Senhora concebeu a Jesus virginalmente, vejo que você compreende, aceita e crê, pois que isso está revelado no Evangelho de São Lucas ,onde se lê: "Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia, chamada Nazareth, a uma virgem desposada com um varão, chamado José, da casa de Davi. E o nome da Virgem era Maria" (Luc.I, 26-27). Que Nossa Senhora permanecesse Virgem depois do parto de Jesus, era também muitíssimo conveniente, porque:
1* Porque sendo Jesus, o Filho unigênito de Deus Pai -- o Verbo ou Sabedoria de Deus -- convinha que também na terra Ele fosse unigênito.
2* Porque, se Ele tivesse tido irmãos carnais, pensar-se-ia que esses irmãos também seriam deuses, causando o politeísmo e heresia.
3* Porque Deus fez um paraíso para Adão apenas. Fez um Paraíso para os homens no céu. E fez um Paraíso só para si, que foi Maria. É o que diz São Luis de Montfort.
4* Porque convém absolutamente -- mais -- é necessário que Deus só tenha uma esposa, assim como é necessário que Ele tenha uma só Igreja. Por isso, assim também a esposa só pode ter um esposo. E Maria só devia ter um esposo real: o próprio Deus, e manter-se virgem por toda a vida.
5* Porque era muito necessário, para nós, que fosse assim, para compreendermos o alto valor da Virgindade, pois que a Virgem mais fecunda, aquela que gerou em seu seio o próprio Deus encarnado, quis se manter Virgem, como deveremos nós prezar a virgindade e a pureza, nós que geramos filhos, sem valor, se comparados com o dela?
6* Sempre existe semelhança entre mãe e filho. Também entre Nossa Senhora e Jesus deve haver semelhança maior do que a normal. Maria foi feita por Deus o quanto possível semelhante e proporcionada a seu Filho santíssimo. Como Jesus se manteve virgem sempre, convinha imensamente que Maria, também nisto, fosse proporcionada a Cristo, e permanecesse perpetuamente virgem.
7* O matrimônio é monogâmico. Ora, se Maria tivesse tido filhos de outrem que não o Espírito Santo, seu Divino esposo, isso seria uma aberração, semelhante ao adultério. Esposa do Divino Espírito Santo uma vez, Maria devia se conservar sua esposa fiel sempre.

O PROBLEMA DOS "IRMÃOS" DE JESUS

Muitos hereges, no passado, ousaram, de modo blasfemo, duvidar da virgindade perpétua de Nossa Senhora. Para sofimar sobre isto, eles alegavam os textos dos evangelhos que falam dos "Irmãos" de Jesus.
Nos tempos modernos, os protestantes repetiram essa blasfêmia contra a Mãe do Senhor. E, explorando a ignorância das massas, eles espalham sua heresia no meio do povo mais simples.
Com efeito os evangelistas falam, em várias passagens desses "irmãos" de Jesus.
Se Jesus teve irmãos, argumentam esses hereges, Maria não foi sempre virgem. Como responder a esse problema?
Permita-me passar-lhe cópia da resposta a essa questão feita pelo autor de um livro muito útil: Lúcio Navarro, Legítima Interpretação da Bíblia, Campanha de Instrução religiosa, Brasil-Portugal, Recife, 1958 n º 400, pp.590 a 592 inclusive.
"400. Diante da frase de S. Mateus vista no número anterior, o leitor ainda poderá compreender como se tenham equivocado os protestantes, iludindo-se com as aparências.
Mas agora vai pasmar ao ver a malícia, a precipitação com que esses enfatuados intérpretes da Bíblia que a leem continuamente e procuram aprendê-la de cor, ainda vão tirar da expressão IRMÃOS DE JESUS uma conclusão. contra a virgindade perpétua do Maria Santíssima. Senão, vejamos.
Sabemos que a Escritura não somente designa com o nome de Irmãos aqueles que são filhos do mesmo pai ou da mesma mãe, como eram Caim .Abel, Esaú e Jacó, S. Tiago Maior e S. João Evangelista (que eram filhos de Zebedeu) etc.; mas também aqueles que são parentes próximos, como tios e primos. - A Escritura está cheia destes exemplos. Abraão chama de Irmão a Lot: "Peço-te que não haja rinhas entre mim e ti, nem entre os meus pastores e os teus, porque somos IRMÃOS (Gênesis, XIII-8). Mais adiante a própria Bíblia o chama assim: "Abraão, tendo ouvido que Lot, seu IRMÃO, ficara prisioneiro... (Gênesis XIV-14). Pois bem, "Lot era apenas sobrinho de Abraão, pois já antes disto se lê no Gênesis: "Tinha Abraão setenta e cinco anos, quando saiu de Harã. E ele levou consigo a Sarai, sua mulher, a Lot, FILHO DE SEU IRMÃO, E todos os bens que possuíam (Gênesis XII-4 e 5).
Labão, diz a Jacó: "Acaso, porque tu és meu IRMÃO, deves tu servir-me de graça ? (Gênesis XXIX-15). E no entanto Jacó era SOBRINHO de Labão:Isaac chamou a Jacó e o abençoou e lhe pôs pôr preceito dizendo: "Não tomes mulher da geração de Canaã; mas vai e parte para a Mesopotimia ... e desposa-te com uma das filhas de Labão, TEU TIO"" (Gênesis, XXVIII -l e 2). Realmente Jacó era filho de Isaac com Rebeca (Gênesis XXV, 21 a 25) e Rebeca era irmã de Labão: "Rebeca, porém, tinha um irmão chamado Labão (Gênesis, XXIV-29). E, no entanto, não só como vimos acima, seu tio o chama IRMÃO, mas também quando Jacó se encontra com Raquel, que é filha de Labão (GênesisXXIX-5 e 6), diz à moça que é IRMÃO de Labão: "E lhe manifestou que eraIRMÃO de seu pai, filho de Rebeca (Gênesis XXIX-12). Lê-se no Levítico que Nadab e Abiu, FILHOS de ARÃO (Levítico X-1) são mortos pôr castigo, pôr terem oferecido um fogo estranho nos seus turíbulos. Moisés chama os primos dos que faleceram: Misael e Elisafan, FILHOS de Oziel, TIO DE ARÃO (Levítico X-4) e lhes diz: ide, tirai vossos IRMÃOS de diante do santuário e levai-os para fora do campo (Levítico X-4). Lê-se no livro de Paralipômenos que Eleazar e Cis são filhos de Moholi: "FILHOS DE MOHOLI: Eleasar e Cis"(I Paralipômenos XXIII-21), portanto Irmãos no verdadeiro sentido da palavra. Eleazar só teve filhas e não filhos; as filhas dele se casaram com os filhos de Cis. Espera-se que a Escritura diga: casaram-se com os filhos de Cis, que eram seus primos; mas ela diz: com os filhos de Cis, seus IRMÃOS: "E ELEAZAR MORREU E NÃO TEVE FILHOS, SENÃO FILHAS; E CASARAM COM OS FILHOS DE CIS, SEUS IRMÃOS (IParalipômenos, XXIII-22).

É dentro deste costume hebreu de designar com o nome de IRMÃOS, não só os que têm os mesmos pais, senão também os parentes próximos como tios, primos e sobrinhos, pois o hebraico não possuía palavras próprias para designar esses parentescos, que o Novo Testamento fala em IRMÃOS DE JESUS E É O próprio Novo Testamento QUE SE ENCARREGA DE. DEMONSTRÄ-LO.

Querem ter a PROVA nossos amigos protestantes? Dá alguma vez o Evangelho os nomes desses irmãos de Jesus, para que possamos identificá-los? Sim, dá. Sabe-se dos nomes, pelo menos de 4: Tiago, José, Judas e Simão: "
Não é este o oficial, filho de Maria, IRMÃO de TIAGO, de José, de JUDAS E de SIMAO? NÃO VIVEM AQUI ENTRE NOS TAMBÉM SUAS IRMÃS ? (Marcos,I-3). "Porventura não é este o filho do oficial? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos TIAGO, JOSÉ, SIMAO E JUDAS? E suas irmãs não vivem elas todas entre nós? (Mateus, XIII-55 e 56).
Pois bem, este TIAGO que encabeça a lista é um Apóstolo, pois diz S. Paulo na Epístola aos Gálatas: "E dos outros APÓSTOLOS não vi a nenhum, senão a TIAGO, IRMÃO DO SENHOR (Gálatas, 1-19). Quer dizer então que, segundo a opinião desses protestantes, este Tiago Apóstolo era filho de Maria, mãe de Jesus; e de Maria e de José, porque, como os próprios protestantes reconhecem, Maria nunca teve filhos antes de seu casamento com José. E não se casou com outro depois da morte de José, pois na hora da morte de Cristo, ela está sozinha, sem marido e Cristo a entrega a S. João Evangelista; além disto se Maria tivesse casado outra vez, seus filhos estariam pequenos, não estariam em idade de ser Apóstolos".
Temos 2 Apóstolos com o nome de Tiago: Tiago Maior, e Tiago Menor. Vamos ver se algum deles era filho de José com Maria.
S. Tiago Maior era irmão de S. João Evangelista, e ambos FILHOS DE ZEBEDEU: "Da mesma sorte havia deixado atônitos a TIAGO e a. JOÃO,FILHOS DB ZEBEDEU (Lucas V-IO).
S. Tiago Menor, que era irmão de Judas, era filho de ALFEU. Entre os Apóstolos, que são enumerados pôr S. Mateus, estão: Tiago FILHO DE ZEBEDEU, e Tiago FILHO DE ALFEU (Mateus X-3). Que tem a ver Maria Santíssima com este Alfeu ou com este Zebedeu? Logo, este Tiago, IRMÃO DO SENHOR, não é seu filho.
Além disto, comparando-se os Evangelhos, se vê claramente que este Tiago « este José que encabeçam a lista são PRIMOS de Jesus», e o Tiago é o Apóstolo Tiago Menor. Enumerando as mulheres que estavam juntamente com Maria ao pé da cruz, Mateus, Marcos e João as identificam da seguinte maneira:

Mateus XXVII- 56
Marcos XV - 40
João XIX - 25
Maria, mãe de Tiago e de José;
Maria, mãe de Tiago Menor e de José;
a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleofas
Maria Madalena;
Maria Madalena
Maria Madalena
a mãe dos filhos de Zebedeu.
Salomé

Por aí se vê que a mesma Maria que é apresentada por São João como tia de Jesus (Irmã de sua mãe) é apresentada por São Mateus e S. Marcos como mãe de TIAGO MENOR E de José. E é claro que não se trata de Maria Salomé, que é a mãe dos filhos de Zebedeu e, portanto, é mãe de Tiago Maior.
Tiago Menor e José são, portanto, PRIMOS de Jesus e são os primeiros que. encabeçam aquela lista: TIAGO, JOSÉ, JUDAS E SIMÃO. E de fato o Apóstolo S. Judas Tadeu era irmão de S. Tiago Menor, pois ele diz no começo de sua Epístola: "Judas, servo de Jesus Cristo e IRMÃO de Tiago(vers. l.). Tanto o Evangelho de S. Lucas (VI-16) como os Atos dos Apóstolos (1-13) para diferenciarem Judas Tadeu de Judas Iscariotes, chamam a Judas Tadeu: Judas, irmão de Tiago.
E assim cai pôr terra fragorosamente a alegação dos protestantes de que Maria teve outros filhos além do Divino Salvador, alegação baseada em que o Evangelho fala em IRMÃOS DE JESUS. Não só provamos que entre os hebreus se chamavam IRMÃOS os parentes próximos, mas também mostramos que a lista dos nomes apresentados como sendo destes IRMÃOS é logo encabeçada pôr DOIS PRIMOS, Filhos da irmã da mãe de Jesus. Logo, não tem nenhum valor a alegação. A única dificuldade, esta agora já sem importância, que pode fazer o protestante é que Tiago Menor é filho de ALFEU, e sua mãe é apresentada COMO MULHER DE CLEOFAS. Sem precisar recorrer a nenhum argumento de tradição (porque talvez os protestantes não gostem disto) temos que observar o seguinte:
l.° — o texto original não diz MULHER DE CLEOFAS, mas diz simplesmente: a irmã de sua mãe, Miaria, a do Cleofas (texto grego de João XIX-25); podia chamar-se Maria, a do Cleofas, pôr causa do pai ou pôr outro qualquer motivo;
2.° — não repugna que a mesma Maria se tenha casado com Alfeu e dele tenha tido S. Tiago Menor, e depois se tenha casado com Cleofas e tido outros filhos ou mesmo deixado de ter. Tiago é o único que é apontado nos Evangelhos como filho deste Alfeu, pois o Alfeu, pai de S. Mateus (Marcos 11-14) já deve ser outro;
3.° — não repugna que o próprio Alfeu seja o mesmo Cleofas. É muito comum nas Escrituras uma pessoa ser conhecida pôr 2 nomes diversos: O sogro de Moisés é chamado Raguel (Êxodo 11-18 a 21) e logo depois é chamado Jetro (Êxodo, III - l). Gedeão, depois de ter derribado o altar de Baal é chamado também Jerobaal (Juizes, VI-32). Osias, rei de Judá, é chamado também Azarias (4 Reis, XV-32; I Paralipômenos, III-12). E no Novo Testamento o mesmo Mateus é chamado Levi: "Viu um homem, que estava assentado no telônio, chamado Mateus (Mateus, IX-9) . "Viu a Levi, filho de Alfeu, assentado no telônio (Marcos, 11-14). O mesmo que é chamado José é chamado Barsabas (Atos, I, 23).
Ainda hoje mesmo, entre nós, nas nossas localidades do interior principalmente, é multo comum esta duplicidade de nomes.
Seja Alfeu o mesmo Cleofas ou não seja. Isto pouco importa. 0 que é fato é que Maria de Cleofas é Irmã de Maria, mãe de Jesus e é ao mesmo tempo mãe de Tiago e de José, que são chamados IRMÃOS do Senhor" (Lúcio Navarro,Legítima Interpretação da Bíblia, Campanha de Instrução religiosa, Brasil- Portugal, Recife, 1958 n0 400, pp.590 a 592 inclusive).
Fizemos questão de copiar essa brilhante exposição de Lúcio Navarro, porque ela não deixa margem a dúvida: Irmãos de Jesus eram primos dEle, e não Irmãos de sangue. Logo, Maria Santíssima só teve um Filho gerado nela por obra do Espírito Santo: Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem. Maria Santíssima foi sempre Virgem.


A IGREJA SEMPRE ACREDITOU NA VIRGINDADE PERPÉTUA DA MÃE 
DE DEUS


Respondida assim, e de modo brilhante, a mentira sacrílega dos protestantes, vejamos como toda a Tradição da Igreja sempre acreditou na Virgindade perpétua de Maria Santíssima.

Os Padres da Igreja sempre defenderam a Virgindade perpétua de Nossa Senhora. São Jerônimo, combatendo o herege Helvídio, que negava blasfemamente a virgindade perpétua de Nossa Senhora, afirmou que a unanimidade dos Santos Padres defendeu a virgindade perpétua da Virgem Maria. (Santos Padres são os grandes santos e doutores, discípulos dos Apóstolos, e os grandes Santos e Doutores dos primeiros séculos do Cristianismo).

Santo Ambrósio escreveu:
"Houve quem negasse que Maria tivesse permanecido virgem. Desde muito temos preferido não falar sobre este tão grande sacrilégio. Maria (...) que é mestra da virgindade, (...) não podia acontecer que aquela que em si tinha trazido Deus , resolvesse andar às voltas com um homem. Nem José, varão justo, cairia nessa loucura de querer misturar-se com a mãe do Senhor, em relação carnal".( De Inst. Virg. I , 3).
Santo Hilario de Poitiers defende a virgindade perpétua de Maria Santíssima, e acusa os que dizem o contrário, de serem irreligiosos. Santo Epifânio diz; "De onde vem esta perversidade? De onde é que irrompeu tamanha audácia?
Porventura o próprio nome não é suficiente atestado? Quem jamais houve, em tempo algum, que ousasse proferir o nome de Maria e espontaneamente não lhe acrescentasse a palavra virgem? O nome de Virgem foi dado a Santa Maria, nem se mudará nunca, ela sempre permaneceu ilibada (Panarion, Contra os hereges).
São Jerônimo disse contra o herege Helvídio que citamos, que assim como um homem havia queimado o templo da deusa Diana em Éfeso só para ser conhecido assim fizera Helvídio com a Virgindade de Maria Santíssima: "Tu incendiaste o templo do corpo do Senhor. Contaminaste o santuário do Espírito Santo do qual pretendes ter saído uma quadra de irmãos e um montão de irmãs. Argumentas com o que dizem os judeus: "Por ventura não é este o filho do carpinteiro? Não se chama Maria a sua mãe e seus irmãos Tiago e José, e Simão, e Judas? E suas irmãs, não vivem elas todas entre nos? (Mt. XIII, 55-56)."Todas", só se diz de uma multidão. Pergunto: quem te ensinou semelhante blasfêmia? Quem é que te levava em conta? Mas agora conseguiste o que tu querias: tu te tronaste famoso no crime. "( Adverssus helvidius).

E Santo Efrém escreveu: "Ó Virgem Senhora, Imaculada deípara (geradora de Deus), senhora minha gloriosíssima, mais sublime que os céus, muito mais pura que os esplendores, raios e fulgores solares... Vara de Aarão que germina, pareceste como verdadeira vara e a flor foi o teu Filho verdadeiro, nosso Cristo Deus e Criador meu. Tu, segundo a carne, geraste Aquele que é Deus e Verbo, conservando a virgindade antes do parto, virgem depois do parto, e fomos reconciliados com Deus teu filho". Santo Agostinho, por sua vez exclamou:

"Virgem que concebe, virgem que dá à luz, virgem grávida, virgem que traz o feto,
Virgem perpétua"(Santo Agostinho, Sermones, CLXXXVI, 1, 1).
Já no Credo, ou Símbolo da Fé, de santo Epifânio, que é do século IV, se proclama a virgindade perpétua de Maria Santísima, dizendo esse Credo que Cristo "foi gerado por Maria sempre virgem"( Cfr. Denziger, 17).
A mesma fé é repetida pelo Concílio de Toledo, no ano 400. ( Cfr. Denziger, 20).

São Sirício, Papa entre os anos 384 e 398, escreveu uma carta a Anisio, Bispo de Tessalônica, dizendo: "Em verdade, não podemos negar haver sido com justiça repreendido aquele que fala dos filhos de Maria, e com razão sentiu horror vossa santidade de que do mesmo ventre virginal do qual nasceu, segundo a carne, Cristo, pudesse ter saído outro parto. Porque não teria escolhido o Senhor Jesus nascer de uma Virgem, se tivesse julgado que esta teria de ser tão incontinente que, com sêmen de união humana, haveria de manchar o seio onde se formou o corpo do Senhor, aquele seio, palácio do rei eterno. Porque aquele que afirma isto, não afirma outra coisa do que a perfídia judaica daqueles que dizem que não pode nascer de uma Virgem. Porque, aceitando a autoridade dos sacerdotes, porém sem deixar de opinar que Maria teve muitos partos, com mais empenho pretendem combater a verdade da Fé"( S. Sirício, Papa,
Carta a Anísio, Bispo de Tessalônica, em 392. Denzinger, 91).

E o Concílio de Éfeso ao condenar o herege Nestório que negava a maternidade divina de Nossa Senhora declarou: "Canon 1: Se alguém não confessa que Deus é conforme a verdade o Emanuel, e que por isso a
Santa Virgem é a mãe de Deus (pois deu à luz carnalmente ao Verbo de Deus feito carne) seja anátema.( Concílio de Éfeso,Anatematismos e e capitulo de Cirilo contra Nestório, em 431. Denzinger 113). São Leão Magno, Papa entre 440 -461, condenando o herege Eutiques, chefe dos monofisitas, escreveu de modo tão elevado sobre esse tema, que não tememos alongar nosso texto com a longa citação dele, pois que a beleza do estilo alivia a leitura, e a verdade afirmada da Virgindade de Nossa Senhora nos confirma na Fé: "Entra, pois, nestas fraquezas do mundo o Filho de Deus, baixando de seu trono celeste, porém não se afastando da glória do Pai, gerado por nova ordem, por novo nascimento. "Por nova ordem: porque invisível no que é seu, , se tornou visível no nosso, incompreensível, quis ser compreendido; permanecendo antes do tempo, começou a ser no tempo; Senhor do universo, tomou a forma de escravo, obscurecida a imensidade de sua majestade;Deus impassível, não desdenhou de ser homem passível, e imortal, submeter-se à lei da morte. E por novo nascimento gerado: porque a virgindade inviolada ignorou a concupiscência, e subministrou a matéria da carne.
Tomada foi da mãe do Senhor a natureza, mas não a culpa; e no Senhor Jesus Cristo, gerado no seio da Virgem, não por ser o nascimento maravilhoso, é a sua natureza distinta da nossa" ( São Leão Magno, Papa, Carta Dogmática Lectis dilectionis tuae-- Tomo a Flaviano - Contra Eutiques, em 449. Denzinger, 144).

O II Concílio de Constantinopla de 523, V Concílio Ecumênico, decidiu em seus anatematismos sobre os chamados "três capítulos": "Canon 9 : Se alguém não confessa que há dois nascimentos de Deus Verbo, um, do Pai, antes de todos os séculos, sem tempo e incorporalmente; outro nos últimos dias , quando o mesmo, quando Ele mesmo baixou dos céus,
e se encarnou da santa gloriosa mãe de Deus e sempre Virgem Maria, e nasceu dela ; esse tal seja anátema. ( II Concílio de Constantinopla, V ecumênico, canon 9. Denzinger, 214).
Repare , prezada Rosângela como, desde os primeiros tempos da Igreja, se cultuava a Nossa Senhora, coisa que os protestantes negam estes documentos servem para mostrar como os autointitulados evangélicos estão errados sobre o culto à sempre Virgem Maria. No Concílio de Latrão de 649, se voltou a excomungar quem não confessasse que Cristo não nasceu da sempre Virgem Maria:

"Canon 2 : Se alguém não confessa, de acordo com os santos padres, propriamente e conforme à verdade que o mesmo Deus Verbo, uno da santa, consubstancial, e veneranda Trindade, desceu do céu e se encarnou por obra do Espírito Santo e de
Maria sempre virgem, e se fez homem, (...) seja condenado"( Concílio de Latrão -- 649, cânon 2. Denzinger, 255). E o cânon 3 desse mesmo Concílio assim reza: "Se alguém não confessa , de acordo com os Santos Padres, propriamente e conforme a verdade por mãe de Deus a santa e sempre Virgem Maria como queira que concebeu nos últimos tempos sem sêmen por obra do espírito Santo ao mesmo Deus Verbo própria e verdadeiramente, que antes de todos os séculos nasceu de Deus Pai, e incorruptivelmente o gerou, permanecendo ela, mesmo depois do parto, em sua virgindade indissolúvel, seja condenado "(Concílio de Latrão -- 649, cânon 3. Denzinger , 255). A mesma coisa foi ensinada pelo Concílio de Toledo, em 675, e pelo III Concílio de Constantinopla, em 680-681. O Concílio de roam de 993, aprovado pelo Papa João IV proclamou, mais um vez , que Cristo se encarnou por obra do Espírito Santo e "nasceu de Maria sempre Virgem"( cfr. Denzinger , 344).

Em 1215, o IV Concílio de Latrão, XII Concílio Ecumênico, convocado para condenara Gnose dos cátaros repete a mesma lição: Cristo nasceu da
"sempreVirgem Maria" (Cfr. Denzinger, 429). No II Concílio de Lyon, Manuel Paleólogo foi obrigado a professar que "o Filho de Deus, Verbo de Deus, eternamente nascido do pai, consubstancial.coonipotente e igual em tudo ao Paina divindade, nasceu temporalmente so Espírito Santo e de Maria sempre Virgem"( Cfr. Denzinger, 462). A mesma doutrina foi ensinada , mais uma vez, na Bula Cantate Domino de 1441 contra os jacobitas( Cfr. Demzinger, 708).

Sixto IV, em 1483 condenou aqueles que negavam a Imaculada Conceição de Maria Virgem ( Cfr. Denzinger, 735). Pio IV condenou energicamente os erros dos Unitários pela Constituição apostólica
Cum Quorundam, de 1556. Entre os erros condenados estava a negação de que Cristo não foi concebido pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, mas que teria sido concebido nela por José. (Cfr. Denzinger, 993). Todos esse documentos da Igreja demonstram que sempre se acreditou entre os católicos que Nossa Senhora foi sempre Virgem.

Extraído do site:

Catolicismo Romano