A festa do dia de Todos-os-Santos é celebrada em honra de todos os
santos e mártires, conhecidos ou não. A Igreja Católica celebra a Festum
omnium sanctorum a 1 de novembro seguido do dia dos fiéis defuntos a 2 de
novembro.
Segundo o ensinamento da Igreja, a intenção catequética desta celebração que
tem lugar em todo o mundo, ressalta o chamamento de Cristo a cada pessoa para
o seguir e ser santo, à imagem de Deus, a imagem em que foi originalmente
criada e para a qual deve continuar a caminhar em amor. Isto não só faz ver
que existem santos vivos (não apenas os do passado) e que cada pessoa o pode
ser, mas sobretudo faz entender que são inúmeros os potenciais santos que não
são conhecidos, mas que da mesma forma que os canonizados igualmente vêem
Deus face a face, têm plena felicidade e intercedem por nós. O Papa João
Paulo II foi um grande impulsionador da "vocação universal à
santidade", tema renovado com grande ênfase no Segundo Concílio do
Vaticano.
Nesta celebração, o povo católico é conduzido à contemplação do que, por
exemplo, dizia o Cardeal Beato John Henry Newman: não somos simplesmente
pessoas imperfeitas em necessidade de melhoramentos, mas sim rebeldes
pecadores que devem render-se, aceitando a vida com Deus, e realizar isso é a
santidade aos olhos de Deus.
A comunhão com os santos: «Não é só por causa do seu exemplo que veneramos a
memória dos bem-aventurados, mas ainda mais para que a união de toda a Igreja
no Espírito aumente com o exercício da caridade fraterna. Pois, assim como a
comunhão cristã entre os cristãos ainda peregrinos nos aproxima mais de
Cristo, assim também a comunhão com os santos nos une a Cristo, de quem
procedem, como de fonte e Cabeça, toda a graça e a própria vida do Povo de
Deus»
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«A Cristo, nós O adoramos, porque
Ele é o Filho de Deus;
quanto aos mártires, nós os amamos
como a discípulos e imitadores do Senhor;
e isso é justo, por causa da sua
devoção incomparável para com o seu Rei e Mestre.
Assim nós possamos também ser seus
companheiros e condiscípulos!».
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Martyrum sancti Polycarpi 17, 3: SC 10bis, 232 (FUNK 1, 336).
Quando a Igreja, no ciclo anual, faz memória dos mártires e dos outros
santos, «proclama o mistério pascal» realizado naqueles homens e mulheres que
«sofreram com Cristo e com Ele foram glorificados, propõe aos fiéis os seus
exemplos, que a todos atraem ao Pai por Cristo, e implora, pelos seus
méritos, os benefícios de Deus».
«Os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida
cristã e à perfeição da caridade». Todos são chamados à santidade: «Sede
perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48):
«Para alcançar esta perfeição, empreguem os fiéis as forças recebidas segundo
a medida em que Cristo as dá, a fim de que [...] obedecendo em tudo à vontade
do Pai, se consagrem com toda a alma à glória do Senhor e ao serviço do
próximo. Assim crescerá em frutos abundantes a santidade do povo de Deus,
como patentemente se manifesta na história da Igreja, com a vida de tantos
santos»
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